
5 Capítulo :
Estava de volta ao castelo, mas dessa
vez não havia tempestade e um vento assustador. Tudo que tinha era a doce e
calma noite. O quarto estava como sempre esteve em meus sonhos, intocado , como
se ninguém ficasse realmente lá tempo o suficiente para transformá -lo num lar.
Embora sentisse a presença do homem de meus sonhos no local ele sempre aparecia
de repente.
Suas mãos cercaram minha cintura e seus
lábios tocaram de leve meu pescoço me dando arrepios.
- Sempre tão bonita. - Sua voz sussurrou.
-Tão especial ...- disse mordiscando o glóbulo da minha orelha. - Adoro ver
esse rubor se expandindo pelo seu rosto, fica adorável.
Ele me virou para sí, para que pudesse
vê-lo, mas sua face era apenas um
borrão. Suas mãos tocaram meu rosto, meu pescoço enviando aquele arrepio
novamente. Seus dedos estavam tão frios.
- Não comi hoje. - Ele disse como se
esse fato fosse muito importante. Tentei ver seus olhos e acho que realmente os
vi, mas sempre quando acordo ...nunca lembro de como eles eram, assim como seus
lábios que me tocavam, podia senti -los mas não descreve-los.
- Me-Tome. - Minhas palavras eram apenas
um sussurro. Eu não sabia por que tinha dito aquilo, mas era como se meu sonho
quisesse dizer algo realmente importante, algo que nem mesmo eu poderia
interferir. Ele sorriu. O borrão escuro que devia ser seus lábios se estendeu e
seu rosto se aproximou de meu pescoço. Ele estava tão perto que podia sentir
seu hálito frio contra minha pele. -
Imagino o gosto que tem.
E com um movimento gracioso ele
cravou suas presas em mim.
Acordei no meio da madrugada sufocando
um grito enquanto minha mão esfregava o pescoço, prestando atenção para ver se sentia algo
diferente, algum volume ou ferida , até mesmo sangue. Não havia nada, fora a
dor que tinha sentido antes de acordar. Uma dor horrível que começava no pescoço e termina na alma.
- Puta merda.- disse enquanto
tirava o edredom num chute só deixando a mim mesma nua. Era desconfortável usar
roupas sem roupas intimas, então se fosse questão de desconforto que ficasse nua
de uma vez. A porta estava trancada e eu tinha posto um pano grosso no buraco
da fechadura, assim Edward não poderia entrar, nem ao menos me ver. Olhei para
a janela e vi que ela estava aberta, o que era estranho pois tinha fechado
antes de dormir. Talvez tivesse pensado que havia feito ao menos. Meu coração
deu um pulo com a imagem de Edward se esgueirando pelo quarto no meio da noite,
mas o quarto se localizava no segundo andar e até onde sei ele não era
exatamente um atleta. Edward era fraco demais para ficar pendurado na parede do
lado de fora.
Levantei e fechei a janela para
finalmente voltar a dormir.
- Vampiro.
- disse num sussurro para não acordar ninguém. Definitivamente a festa de Halloween estava
mexendo com a minha cabeça.
******
Jason ....
O sangue mais doce que havia
tomado. Fazia tempo que não á via assim, tão interessada por algo que eu
precisava.
Quando Katheryne era mais jovem
eu havia dado meu sangue a ela para quando ela crescesse pudesse localizá -la,
e deu certo. Quando surgiu a ideia de fazer uma visita no meio da noite nem
sequer havia pensado ou imaginado no que ia acontecer, no gosto que ia sentir.
Ela estava linda, inocente em sua cama.
Tinha visto ela gritar com um garoto
magrelo por ter roubado suas roupas intimas. Senti tanta raiva do pobre
magricela que pensei em matá -lo ali mesmo e tomar seu sangue indesejado para
roubar suas memórias e poder devolver as roupas da minha amada, mas se fizesse
,meu plano para fazê -la se apaixonar por mim e a transformar iria para o lixo.
Ela pensaria que sou um monstro e tudo estaria perdido, então fui ao seu quarto
como todas as noites e entrei em seu sonho. Não conseguia entrar em seus
pensamentos quando estava acordada, mas quando ela dormia, é como se a barreira
de sua mente caísse.
Seu rosto belo como todas as noites.
Eu não havia comido e pretendia partir já que não podia me arriscar a acordá -la daquele
jeito com uma mordida, mas quando ouvi as palavras...aquelas palavras que causaram
um efeito inimaginável. " Me tome " aquelas palavras ficaram gravadas
na minha mente. Eu cai em tentação como um anjo caído, desesperado, pronto para fazer qualquer coisa por ela. Era como um sonho se tornando realidade. Naquele
momento senti algo que não tinha certeza se existia ou se era apenas minha
imaginação. Senti amor. Um amor tão forte que apenas o sangue dessa mulher podia
me alimentar por toda a eternidade, e a mordi. Sentindo o gosto delicado e ao
mesmo tempo forte, selvagem, descendo
pela minha garganta. Me satisfazendo
como ninguém havia feito em todas essas décadas.
Me controlei para não dar meu próprio
sangue a ela, para poder dar a mesma satisfação que ela havia me dado. Ela
abriu os olhos e desapareci deixando a janela aberta. Tive sorte da mordida ter
cicatrizado, se não isso poderia trazer
muitos problemas futuramente. Depois me sentei numa árvore ao longe sentindo a
parte dentro da minha calça pulsar e a
vontade de trocar nosso sangue. Só de imaginar aquilo as calças ficavam desconfortáveis,
então pensei em passar a noite em casa dessa vez para me preparar para amanhã.
Katheryne e eu teríamos um dia cheio.
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