18 Capítulo:
No começo, Mila só conseguia ver a silhueta ágil de Lucius andando de um lado a outro com raiva, mas parecia ser normal dele. Ela só se preocupou quando ele se sentou numa mesa de escritório cheia de papeis, pegou seu telefone e começou a fazer ligações ao que parecia de extrema urgência, pare ele, não para as outras criaturas do mundo. E em nenhum segundo de sua longa ligação, Lucius tirou os olhos dela. Como se Mila fosse uma presa do qual ele não queria perder de vista. Ela tinha certeza que se ela começasse a andar pelo quarto de um lado a outro, os olhos de Lucius a seguiriam seus movimentos.
Isso a deixava preocupada no começo, depois de um momento ela imaginou as possibilidades...
Lucius franziu o cenho e disse com uma voz auto e clara.
— Preciso entrar em contado com o DV. — Disse ele, serio.
— Não tem que ser agora, é importante!
Mila ficou de pé na cama e começou a dançar em círculos lentamente enquanto erguia seus braços e começou a dançar, sem música. Ela não queria incomodar a ligação de Lucius, porém, não queria perder a oportunidade.
Ela conseguiu ouvir uma parte da conversa. O tal do DV estava ocupado para atender, teve problemas com a escolhida para ser sua esposa. Ela era arisca como uma égua selvagem. Palavras dele pelo menos. E pela voz dele, logicamente ela o tinha irritado com algo.
— Deve ser parente de alguém. — Disse Mila baixinho esboçando um sorriso para seu lobo.
Um sorriso dançava nos cantos dos lábios de Lucius, porem ele não saiu de lá. Então ela tirou o casaco...lentamente e jogou aos pés de Lucius e dançou mais um pouco. Mexendo a cintura e balançando o cabelo.
Lucius batucava os dedos na mesa de um jeito impaciente.
— Entendo, mas preciso de apoio desse lado. Há muitos rebeldes e estão tentando arrumar motivos para entrarmos em guerra.
Não. Claro. — Disse ele.
— Pensei em algo. Os daqui não tem convivência com vampiros, pelo menos intima. Pensei em ter um agente duplo entre os humanos, posso mandar alguns homens dos meus para fazer o mesmo do seu lado.
O DV achou boa a ideia e agendou um horário para que eles combinassem com seus homens. Mila ficou feliz de ele ter conseguido o que queria, talvez ele ficasse menos tenso. Então ela tirou as botas e as chutou num canto para depois tirar sua blusa, mas para Lucius não ver o que deveria rápido demais, ela virou de costas para ele antes de fazê-lo e jogou a blusa em direção a ele.
Ele não desviou o olhar em nenhum instante e Mila riu quando Lucius pediu para o tal de DV repetir que ele não havia prestado atenção na última parte.
Lucius repetiu vários, aham. Certo. Combinado. Vamos fazer assim. Até que Mila abriu o zíper de suas calças e ele ficar mudo. DV ainda falava no telefone falando sobre estratégias e infiltração quando Mila tirou as calças e dançou em cima da cama de modo alegre.
— Algo está tirando sua atenção querido? — Perguntou ela se jogando na cama e colocando as mãos uma de cada lado nas alças da sua calcinha. Ela levantou as pernas e ameaçou tira-las. — Espero que não. Você estava tão bravo... Seria uma pena se alguém... distraísse você.
Ele sorriu e deu um ultimo ok para DV.
— Vamos marcar para amanhã. Obrigado pelo apoio.
Quando desligou o telefone ele se encaminhou todo sedutor em sua direção.
— Você está sendo muito má. — Disse ele com a voz rouca. — Vou ter que ser mau com você...
— Talvez eu morda um pouco. — Continuou ele e a pele de Mila se arrepiou.
Mila o beijou e juntou seu corpo ao de Lucius o acariciando, mordendo, provocando o quanto podia. E quanto mais o fazia, mais gostava do resultado. Lucius não parecia nada irritado e o assunto de antes estava totalmente esquecido e ela estava feliz.
Não gostava de se sentir um estorvo e um motivo para desavenças.
Ela queria realmente faze-lo feliz.
Ele a beijava com urgência no começo e depois começou a faze-lo calmamente. Sem pressa, aproveitando o momento para dar a ela o gosto do próprio veneno. Suas mãos iam e vinham pelo seu corpo passando nas curvas para matar a vontade que ele sentia de toca-la, mas sempre tinha algo que os atrapalhava em seus momentos íntimos e eles acabavam irritados no final da noite, ou machucados.
Lucius mordiscava sua pele suavemente e percebeu que Mila se arrepiava toda vez que ele passava suas presas em seu pescoço levemente. Então ele repetia o processo sempre que queria ve-la se mexer em baixo dele e ve-la se arrepiar e soltar um gemido tímido e sussurrante em seu ouvido. Isso o deixava...perigoso.
— Você está sendo mal. — Disse ela com a voz entre cortada e Lucius sorriu em resposta.
— Talvez...você goste.
Mila podia sentir a temperatura corporal de ambos subindo, o hálito fresco e quente de Lucius em seu pescoço e nada no mundo podia faze-la mudar de ideia sobre ficar com ele ali, as sós e mais ninguém, mesmo que ela soubesse sobre toda a verdade sobre seus pais, mesmo que soubesse que Lucius havia mentido na cara dura e nem havia ficado vermelho ao faze-lo.
Ela se sentiu envergonhada rapidamente quando Lucius tirou cuidadosamente sua roupa e olhou cada centímetro do seu corpo, mas isso passou quando ele beijou cada centímetro dele também.
Ele era um amante muito carinhoso e gentil e Mila percebia que ele estava se esforçando para não exercer força de mais sobre ela e acabar machucando-a e o agradeceu mentalmente por isso já que aquela seria sua primeira vez.
Não quis encarar sua ereção, pois pensou que ficaria com medo se fosse intimidada por causa de tamanho e circunferência e não queria parecer que havia desistido da noite especial. Em todo o momento eles se entre olhavam e se beijavam, mas quando Lucius finalmente a penetrou, ela sentiu.
Que ele não ia conseguir se segurar por mais tempo em quesito ser cuidadoso.
Mila apertou suas pernas em volta dele e movimentou os quadris para ajudar na posição. Ela não sabia se estava fazendo corretamente, mas pelo menos assim ela não sentia tanta dor como no começo.
Logo seu pressentimento se provou verdadeiro. Lucius começou a se movimentar mais rápido e apertar seu corpo fazendo mais pressão no corpo de Mila e ela gostou mais da sensação. Ela gemeu e os olhos de Lucius brilharam em resposta. Suas unhas se tornaram afiadas e Mila tentou inutilmente não arranhar as costas dele sem o machucar, mas ele não pareceu se importar com as marcas deixadas. Isso pareceu um certo incentivo...
A cabeceira da cama rangeu e eles ouviram um barulho abafado vindo debaixo dele, mas nenhum deles queriam parar, não podiam. Quando eles não puderam aguentar, ambos vieram ao mesmo tempo a ter o que queriam a tempos atrás.
E eles dormiram abraçados para encontrar a cabeceira da cama destruída com um lado caído e torto em direção ao chão. E já sabiam. Numa casa de Lobisomens onde todos tem uma audição sobrenatural... não precisariam ser espertos para saber o que todos haviam escutado.
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Daia acordou com um barulho ensurdecedor de algo batendo ritmicamente na parede, como se estivessem fazendo obras no quarto perto ao seu em meio a madrugada, mas o barulho meio que revelava ser outra coisa...
— Deus me leve. — Disse ela ao descer na cozinha para beber água e lá encontrar Lucas em meio a uma luz fraca. Dessa vez sem óculos escuros e com seus olhos claros brilhando.
— Eles são sempre assim? — Perguntou ela e Lucas riu meio sonolento e balançou seu copo de leite em frente a ela.
— É a primeira vez deles, então estou dando um desconto.
Ela abriu ligeiramente os olhos e se sentou ao seu lado e tomou dois copos de agua seguidos. Daia não havia reparado o quanto estava com sede e o quanto Lucas era bonito na madrugada da noite. Com o cabelo meio despenteado, sorriso gentil e sem ironias, meio desleixado e sem toda aquela pose...
De repente percebeu que estava imaginando coisas improprias e graças a um cachorro sua atenção foi meramente distraída .
Ela afagou os pelos do cachorro que era meio doido e ele começou a girar em círculos para pegar o próprio rabo. Ela o via as vezes correndo pela casa, mas sempre percebeu que ele gostava mais de ficar longe da casa, ou em lugares escondidos. Lugares que era pouco frequentada pelos lobos. Também com tantos cômodos...eles não eram obrigados a passar um tempo em cada um deles.
— Esse cachorro é meio estranho. — Disse sem saber por que. Talvez ela não tivesse ido com a cara dele. Talvez fosse por que ela gostava mais de gatos.
— É só um cachorro. — Disse ele apoiando sua cabeça na mesa, logicamente cansado e com o humor comprometido. Se aqueles dois demorassem, eles iam madrugar na cozinha.
Não que ela achasse tão ruim assim.
— Você não parece que descansou durante uns bons dias. Lembro de ve-lo dormindo somente no dia que coloquei você dentro do meu apartamentinho.
Ele levantou uma das mãos de um jeito desajeitado e apontou para ela.
— Não estava dormindo . — Disse ele arrogantemente. — Eu estava desacordado. É diferente...
Lucas levantou meio cambaleando e Daia tentou ajuda-lo a se apoiar, mas acabaram caindo sobre um sofá na sala. E Lucas parecia estar cansado demais para sair de cima dela e ela se arrependeu dos pensamentos pecaminosos que teve minutos atrás.
Parecia que ele pesava toneladas. Ele era muito alto e grande em comparação ao corpo dela, porem, ela estava tão cansada que acabaram dormindo um em cima do outro de um jeito desajeitado em meio a sala principal, mas antes de Daia apagar completamente de sono, ela tinha certeza que o cachorro havia crescido e tomado outra forma.
O.o OMD!!! *-*
ResponderExcluiraaah.. espero que o próximo capitulo não demore tanto
ResponderExcluirRsrs me surpreendo a cada capitulo
ResponderExcluirCada vez mais desesperada pelo proximo capitulo!
ResponderExcluirEstava otimo!
Ah, espero que o próximo não demore muito a sair. Eu comecei a ler e não consegui parar até não ter mais oque ler kkkkk É uma ótima história.
ResponderExcluirPlease, não demore de posta o próximo capítulo!!!!
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