10 Capítulo:
Mila não sabia o que
fazer. Ela não tinha nenhuma ideia, mas o que se esperar de um homem com
provavelmente mais de 500 anos? Logico que ele não ia ligar de entrar de cabeça
num relacionamento serio. Ele já pegou o mundo, fez o que quis, lutou e abusou
de sua vida, humanos ao seus 30 anos já estão prontos para qualquer coisa!
Lucius logicamente não se encaixava nos padrões humanos e tinha as coisas em
seu próprio tempo.
Quanto anos um Lycan deve ter para se achar
pronto para um casamento? Quinhentos ? Mil anos? Mila não tinha ideia.
Ela nem sequer dormiu
direito pensando naquilo, um jantar com seus pais. Se ela os conhecia bem ia
acontecer uma desgraça. Seus pais não só eram maníacos religiosos como ela
estava certa de que eles á veriam como uma espécie de amante do mal ou algo
parecido. Lucius nem sequer parecia preocupado na hora de dormir. Ele acabou
pegando no sono nos braços de Mila enquanto ela ainda estava apenas enrolada
numa toalha.
Tão bonito. Tão inocente
e mesmo assim conseguia tirar o sono de Mila. Nem mesmo o cheiro de Lucius ou
seu calor eram o suficiente para lhe acalmar os nervos.
Quando amanheceu
Lucius foi tomar banho ( com a porta
aberta novamente) e Mila viu que ele preferiu ficar de molho na banheira por
bastante tempo, então ela desviou o olhar do banheiro para não ser pega e abriu
a porta do quarto quando ouviu uma batida. Quando o fez, Lucas estava parado em
sua frente.
Seu cabelo estava
perfeito e os óculos escuros não escondiam o brilho âmbar de seus olhos. Ela
não queria admitir, mas aquilo era assustador.
─
Como minha paciente está? ─ Perguntou ele com um sorriso amigável.
Lucas tinha dentes brancos e bonitos, mas
quando sorria ele aparentava como se seu sorriso fosse se abrir e não parar
mais até que tudo que restasse em seu rosto fosse o sorriso. Talvez aquilo
fosse algo da espécie dele, ela não tinha ideia, ou talvez fosse sua imaginação
que estaria meio perturbada.
─
Se eu disser que não estou bem, você pode fazer Lucius desistir de jantar com
meus pais? ─ Perguntou Mila e Lucas balançou a cabeça num não.
─
Por mais perturbador que isso pareça, Lucius nunca muda de ideia. ─
Disse ele com cenho franzido. ─ Lucius fica até meio insuportável quando
quer alguma coisa. ─ Disse por fim desanimando-a.
Mila colocou suas mãos
na cintura em protesto.
─
Eles são insanos! Maníacos religiosos ! ─ Disse ela olhando para
a porta para dar uma olhada em Lucius. A cortina que havia em volta da banheira
estava fechada e não dava para ouvir nenhum som. ─ Vai ser uma tragédia !
─
Você está com vergonha de Lucius? ─ Perguntou Lucas se
sentindo desconfortável. Ele se mexeu um pouco e se encostou no batente da
porta. Ele era um tanto mais alto do que Lucius .
Mila negou com a cabeça.
─
Eu nunca teria vergonha dele, pelo contrario . ─ Disse ela se sentindo
desanimada. ─ Meus pais vão fazer uma noite que é para ser legal para a
primeira vez que uma garota leva seu namorado para conhecer seus pais, numa
noite do terror. Qualquer coisa para eles é motivo para por Deus e o mundo no
meio. Além do mais... Nem sequer perguntaram por mim desde que cheguei aqui.
Lucas concordou com a cabeça e deu um
sorriso gentil, sem nem sequer mostrar os dentes. O que ela agradecia.
─
Não se importe com isso, só.. aproveite o momento. ─
Lucas deu um aceno de cabeça. ─ Vejo que você está ótima, amanhã virei
dar mais uma olhada em você . ─ Antes que Mila pudesse dizer mais alguma
coisa ele já tinha ido.
Como Lucius não se manifestava de uma vez,
Mila chegou a pensar que ele havia dormido na banheira e provavelmente estava
morto nesse exato momento. Ela se encaminhou para o banheiro com o coração no
pescoço e abriu a cortina com tudo. Lucius estava de pé com a mão pronta para
ligar o chuveiro naquele momento. Ele a olhou e sorriu de um jeito pervertido.
─
Quer se juntar á mim ? ─ Perguntou á ela com toda sua gloria e a nudez de seu corpo.
Mila precisou de todas
suas forças para não dar uma espiadinha. Ela apenas sorriu e disse do jeito
mais calmo e gentil o possível.
─
Ah não, obrigada. Pensei que você havia dormido e morrido na banheira. Fiquei
preocupada.
Ela fechou a cortina com
as mãos tremulas e com o rosto queimando de vergonha. Mila apenas se encaminhou
para a cama e se sentou chocada. Era a primeira vez que ela havia visto um
homem nu ao vivo e a cores e ela nem sequer pôde prestar atenção. Ela suspirou
enquanto se olhava num espelho que estava sobre a cômoda.
Aquele rubor...ficaria
em seu rosto pelo resto dos dias, junto com a imagem de Lucius com o corpo
cheio de sabão e nu, debaixo do chuveiro.
*****
Mila havia ficado tão
chocada em ver Lucius nu que o próprio não sabia o que dizer a moça. Para não
criar uma situação onde Mila tentaria ficar longe dele pelo constrangimento ele
decidiu dar seu melhor sorriso de conquistador e dizer:
─
Quer se juntar á mim ? ─ Perguntou com um pouco de esperanças, mas ele tinha que ser
bonzinho, afinal, provavelmente ele era o primeiro e ele queria ser do tipo que
ia com calma. Assim tudo sairia bem e perfeito para ela.
Lucius podia dizer que ela foi a única com
quem ele se importou em ir devagar, se fosse outra, ele não o faria. E se ele
fosse pensar bem, nenhuma agia como Mila. Todas agiam como se tivessem anos e
anos de experiência e pratica, com Mila tudo era novo. Ela parecia...delicada,
amorosa. As outras só pareciam desesperadas para agarrar um lobo quando nem
mesmo um homem elas conseguiam segurar.
Isso era culpa dos
livros e filmes de romance, onde um homem demoníaco e sexual se apaixona pela
mocinha e eles vivem felizes pra sempre. Eles não tinha ideia do que era ser
demoníaco.
Lucius saiu do banho e se encaminhou para a
janela. A lua de sangue estava próxima e as pessoas deveriam se cuidar. Ele não
podia nem controlar a si mesmo neste dia, quanto mais a seus homens. Ele
começou a se preocupar... quando o dia chegasse, ele gostaria que Mila
estivesse num lugar seguro até que tudo acabasse. Nunca se perdoaria caso
acontecesse algo com ela, mas nessa situação... Lucius não podia esquecer que
Mila agora também era uma sobrenatural. Ela também seria afetada pela lua de
sangue. Na melhor das hipóteses, talvez nada acontecesse. Ou talvez tudo.
Seja como for, a lua estaria em sua Ascensão daqui três dias e ele precisava tomar providencias com seus homens.
Ele se vestiu e passou pelo quarto dando uma
piscadinha sem vergonha á Mila como indicio que ele não estava bravo pela
invasão, e sim o contrario. Putz. Ele estava até meio excitado !
Seu rosto estava enrubescido e ele não podia
deixar de notar o quanto aquilo era adorável. Em seguida ele saiu e se
encaminhou para o consultório de Lucas.
A porta estava fechada
mas dava para ouvido teclando em seu computador. Lucius deu duas batidas na
porta e o esperou.
Mal Lucas havia aberto a porta e Lucius já
estava matracando.
─
Falta três dias. ─ Disse ele e Lucas não parecia surpreso em nada.
─
Não dá para esquecer esse evento. ─ Respondeu dando espaço
para Lucius passar e entrar.
─
Dá para acomodar todos os nossos aqui. ─ Lucius disse. ─
E fiz uma sala especial para você .
Lucas sorriu e enfiou a
mão debaixo dos óculos para poder coçar seus olhos. Ele parecia cansado, o que
não era de se surpreender já que a espécie dele era mais sensível e selvagem á
Lua de sangue. Dragões... eram complicados. Ainda mais dragões da água. Talvez
por isso existissem poucos.
─
Muita consideração sua . Mas vou ficar solto nesse dia.
Ele não conseguiu conter o horror que passou
por seus pensamentos. Um dragão solto pela cidade na lua de sangue. Ainda mais
Lucas... Não que ele fosse um homem ruim, mas ele era conhecido por não gostar
muito de humanos. Com todos os motivos até onde Lucius sabia.
─
O quê espera ganhar com isso? ─ Ele perguntou irritado. ─
Você sabe como é. ─ Lucius apontou um dedo ao seu companheiro. ─
Lua de Sangue é como um apocalipse, a terra vira um inferno!
Lucius levou suas mãos á cabeça em frustração
e Lucas o respondeu com um dar de ombros.
─
Não vou te explicar os motivos. Eu só sinto que preciso ficar solto nesse dia.
Ele tentou não
argumentar. Lucas costumava ser tão cabeça dura como ele e se insistissem muito
naquilo os dois sairiam na briga até um , provavelmente o próprio Lucius sair
morto.
─
Não vou discutir com você. ─ Respondeu embora ainda estivesse
frustrado. Ele ainda tinha que achar um lugar seguro para Mila e ficar brigando
com seu amigo não ia ajudar.
─
Obrigado. ─ Lucas respondeu e se voltou ao seu computador.
Antes que Lucius saísse
ele tinha que fazer apenas uma pergunta.
─
Por quê ?
Lucas o olhou de relance
e Lucius pôde ver o brilho de seus olhos.
─
Por que você vai precisar de um soldado lá fora . ─
Respondeu. ─ E vou encontrar alguém importante.
Lucius saiu sem entender
muito o que ele havia dito, mas uma coisa era certa. Lucas nunca havia errado
em suas decisões.
O resto do dia foi apenas conversa com seus
homens e os alertando sobre o evento. Humanos poderiam simplesmente ficar de
fora, eles não precisavam saber. Pelo menos ele pensou que era melhor assim, a ultima
coisa que eles precisavam era de um motivo para os humanos declararem uma
guerra aos sobrenaturais. E se houvesse... eles revidariam e Lucius não
sentiria nenhuma gota de remorso . Ele era um guerreiro, um sobrevivente. Ele
cresceu nessa vida e não tinha intenção de morrer pelas mãos de humanos, que
estragaram seu próprio mundo com suas sujeiras . A parte onde ele se socializaria
á eles era apenas por educação e boa convivência. Se alguma raça quisesse se
opor... não havia nada que ele pudesse fazer há não ser lutar.
Quando foi a hora do almoço ele preparou algo
para Mila que estaria trancada no quarto e ele deu graças a deus por isso. Seus
guardas provavelmente já sabiam o que Mila era e ele não queria ninguém fora
ele e Lucas, perto daquele quarto. Depois de se ocupar disso ele almoçou e
telefonou para a casa dos pais de Mila.
No exato momento em que
o homem do outro lado da linha ouviu a voz profunda de Lucius , ele invocou seu
deus e sussurrou algo como demônio , para sua mulher. Era bom saber que Lucius
era reconhecido, embora ser chamado de demônio seria um insulto! Uma vez que
eles são feios, não tem alma e nem sequer forma humana. Sem mencionar o
cheiro....
─
Não bastou converter minha filha numa de suas prostitutas demoníacas? O que
mais você quer?
Lucius tentava ser
educado, o mais educado o possível, mas era difícil. Ele não gostou de ouvir
aquelas palavras, Lucius nunca precisou de prostitutas, nem converteu Mila em
algo parecido. Embora ele quisesse muito que ela fizesse sexo com ele... A
parte do demoníaca nem sequer era parte dele! Castas seguem a linhagem
sanguínea mais forte. Um daqueles dois malucos tinha que ser pelo menos um
sobrenatural, há não ser que ela fosse adotada.
─
Tomei sua filha como minha esposa, seria agradável para ela ter um jantar
formal com seus pais antes de nos casar.
O homem pigarreou no telefone e Lucius podia
sentir uma serie de blasfêmias com sua pessoa, mas no jantar ele deixaria claro
algumas coisas...
─
Minha filha está morta e sua alma salva com nosso senhor.
Lucius cerrou a
mandíbula e fez uma força sobrenatural para não ir lá e arrancar a cabeça do
homem.
─
Bem... parece que vocês vão jantar com ela mesmo que não queiram hoje á noite.
E... ah de vocês se ela parecer infeliz.
─
Isso é uma ameaça?!
─
Quando for, o senhor irá saber. ─ Lucius disse e pensou
na cena.
Ele iria saber assim que
visse seu coração fora do peito.
*****
Ao anoitecer Mila e
Lucius estavam prontos e foram caminhando até a casa dos seus futuros sogros.
Chegando lá, logicamente não foi recebido com um sorriso no rosto, muito menos
Mila foi recebida assim, o que deixou Lucius zangado.
─ Boa noite. ─
Disse ela como se não os tivesse visto há anos. Eles deram um aceno de cabeça ,
mas não a responderam.
Eles deveriam estar
bravos. Ela pensou já conhecendo o tipo de sua família. Não que fosse culpa
dela que seus pais eram preconceituosos, mas ela não podia deixar de se sentir
envergonhada pela modo que seus pais estavam agindo.
─
Entrem. ─ Disse o pai dela e eles o fizeram.
Na hora de jantar Lucius
se sentou na mesa, mas a mãe de Mila insistia em ficar os encarando com ar
superior.
─ Vocês
deveriam lavar as mãos. ─ Disse ela praticamente os repreendendo. ─
Vai saber onde vocês estiveram. ─ Mila fingiu que nem
sequer havia ouvido e subiu os degraus segurando a mão de Lucius. Não havia
sido proposital, quando ela se deu conta já estava colada nele.
Lucius entrou no
banheiro e puxou ela junto sem sequer pensar duas vezes e lavou suas mãos junto
com as delas.
─
Eles são... diferentes.
Mila revirou os olhos e
sorriu sem graça.
─
Eles são preconceituosos. ─ Disse ela.
Lucius olhou para seus
sapatos caros e os encarou. Mila podia perceber que ele se sentia culpado e
tentou amenizar as coisas.
─
Deixe eles e vamos só... tentar salvar nossa noite. ─
Ela agarrou sua mão e o abraçou, sentindo calor, o cheiro dele...era tudo que
ela precisava para se sentir bem. Era engraçado perceber que coisas simples
podem te manter de pé num dia difícil.
Lucius começou a beijar o topo de sua cabeça e
ela imaginou onde aquilo ia dar, com suas mãos percorrendo a linha de suas
costas, mandando arrepios por todo o seu corpo. Em seguida, sua boca foi de
encontro com a sua e eles se beijaram de um jeito apaixonado, sem nenhuma
pressa. Como se não houvesse mundo, como se não houvesse mais ninguém no mundo.
Eles começaram lentamente e foram aumentando
seu ritmo, sua necessidade e quando foram se dar conta, já estavam dando uns
amassos no banheiro, se esquecendo do jantar e que eles apenas entraram ali
para lavar as mãos....
O pai de Mila bateu na porta com violência e
com o susto que Lucius levou ao voltar para a realidade, seu calcanhar foi de
encontro com a parte de baixo do sanitário do qual quebrou uma parte e começou
a vazar água. Não demorou nem sequer alguns segundos antes do banheiro começar
a alagar e ouvir maldições do outro lado da porta, vindo de seu pai.
Lucius olhou seus
sapatos que estavam encharcados e resmungou um merda seguido de uma careta.
Ele tentou achar o
registro para fecha-lo, mas não o encontrou. Lucius não teve escolha há não ser
ter que avisar aos pais de Mila sobre o acontecido e ela só ficou encarando e
imaginando as próximas horas.
A família inteira secou o banheiro e tentou
dar um “jeito” mais rápido que resolvesse a situação provisoriamente . Em
seguida desceram para jantar, mas a comida já estava fria.
Lucius não se importou já que ele já havia
comido de tudo que é jeito nessa vida. Eles poderiam dar um bife cru a Lucius
que ele não ligaria a mínima. O sangue da carne dava um gosto bom...- Pensando
nisso. Lucius prometeu a si mesmo que nunca diria algo parecido em voz alta,
principalmente em frente a Mila.
Mila não se sentia com fome e desconfiava
que seus pais poderiam ter posto algo na comida. Ela não sabia o que podia ser,
mas desconfiava de algumas coisas, alho, água benta...provavelmente os talheres
eram de prata. Tudo para ver se Lucius começaria a arder em chamas ou se
transformaria num monstro. Ela mal pode conter a vontade de revirar os olhos.
Esse era sem duvida o dia mais terrível de
todas as suas vidas.
O pai de Mila encarou
sua mulher e tentou puxar uma conversa.
─
Soube que muitas moças estão sumindo na cidade. ─ Disse ele e sua esposa
concordou .
─
Ah sim. Talvez as tenham pego para serem esposas... ─
Disse ela olhando de canto de olho a Lucius, do qual se sentia desconfortável com
os insultos.
Nenhuma mulher era prisioneira. E muitas
delas haviam gostado do jeito Lycan... de fazer as coisas. Ele não tinha ouvido
nenhuma reclamação delas sobre seus homens. As que não queriam um compromisso
serio com eles, podia simplesmente se retirar.
─
Eles são ótimos! ─Disse Mila dando um sorriso educado. ─
E bonitos. Tenho certeza que elas estão felizes fazendo a dança do
acasalamento.
─
Mila!!! ─ Gritaram em uníssono repreendendo sua filha. Ou ex-filha.
Nunca se sabe.
Lucius tentou disfarçar
um sorriso perante a ousadia de Mila. Ela tinha algo que ele não, poder de se
expressar na frente de humanos sem ser apontada como monstro.
Ele respeitava as
atitudes dela. Sempre que alguém tentava faze-la ficar desconfortável por estar
perto de sua raça, ela os defendia e até mesmo os desafiava. Ele... se sentia
orgulhoso e alguma coisa a mais. Ele não sabia explicar. Ele sentia algo no
coração. Talvez fosse amor ou alguma doença. Eventualmente ele ia descobrir.
Mila fez um gesto para que eles parassem.
─
Não estou mentindo. ─ Respondeu do jeito mais calmo o possível e depravado. Tudo
para irritar seus pais. ─ Eu tentei resistir, mas tinha...aquele calor, músculos,
aquela voz sexy no meio da escuridão. .. Simplesmente, me rendi.
Seus pais pareciam chocados, como se tivesse
crescido chifres no topo da cabeça de sua filha e Lucius tentava não cair no
riso e ficar excitado. Ver Mila daquele jeito descontraído mexia com ele.
Ela sorriu, um sorriso genuíno.
Lucius podia ver os olhos dela brilhando e isso era um forte indicio que ela havia
dito a verdade.
─
É impossível controlar isso. ─ Disse ela.
Foi algo rápido, inocente. Os olhos dela
brilharam com uma cor branca e pálida como a lua rapidamente por causa do humor
e seus pais fizeram o sinal da cruz e se levantaram de sua mesa.
─
Acho que a noite terminou por aqui. ─ Disse seu pai enquanto
sua mãe abria a porta, praticamente dizendo para eles se retirarem e eles o
fizeram de bom grado. Quando saíram eles bateram a porta na cara deles e Mila e
Lucius foram caminhando até o quartel onde os Lycans viviam. Era perto, uns dez
minutos e eles chegavam lá. Praticamente vizinhos de seus pais .
Eles caminharam lentamente enquanto olhavam
a noite. A lua estava completamente cheia e tinha sua borda avermelhada. Mila
apontou para o céu e olhou para Lucius.
─Isso
nunca aconteceu antes. ─ Disse ela. ─ Não desde que nasci pelo menos.
Lucius tentou desviar do assunto, mas curioso
do jeito que era, ela ia dar um jeito. Então ele achou que seria melhor se ele
contasse parte da historia.
─
A lua de sangue está chegando. ─ Disse ele entrelaçando seus dedos com os
dela. ─ É um evento onde as criaturas sobrenaturais ficam mais
fortes e... se libertam.
Mila arqueou uma
sobrancelha o questionando .
─
Libertar né? ─ Disse ela e ele tentou fazer uma comparação com algo que
ela podia estar familiarizada.
─
Como... “aqueles dias” para as humanas.
Mila riu, alto e chocou
seu corpo com o dele.
─ Você
vai menstruar ou o quê? ─ Perguntou zombeteira e Lucius sorriu sem se conter em ver
um sorriso naquele rosto. Ele gostava mais dela assim, feliz , e não incomodada
por causa de seus pais e suas coisas religiosas..
─
Sem menstruação, mas...ficamos irritados, sensíveis as coisas a nossa volta,
podemos ficar violentos ou excitados dependendo do nosso dia. Digamos que
ficamos insanos na lua de sangue e
podemos... não ser bons nesse dia para as pessoas a nossa volta.
Mila fez um “O” com a
boca e fez cara de ofendida fingida.
─
Esta comparando uma tpm com insanidade sobrenatural?! Bem coisa de homens
mesmo. ─ Disse revirando os olhos, mas ela não parecia irritada.
Aliviada era o termo certo.
Lucius encarou o céu, em seguida olhou Mila.
─
Passamos por aquilo e nem sequer tivemos a aprovação deles. ─
Disse ele e ela deu de ombros.
─
Eu sou de maior. A única aprovação que conta é a minha. Além do mais... ─
Disse tentando esconder que estava ficando triste. ─
Eles ficaram estranhos depois que eu disse aquelas coisas e tenho certeza que
meus olhos brilharam.
Lucius fingiu-se de
desentendido.
─
Por quê?
─
Eu estava com uma colher de prata super polida na mão. Tenho certeza que eu vi
um brilho ali e em seguida eles fizeram o sinal da cruz! ─
Disse ela. ─ Como se eu fosse pegar fogo ou dizer gloria a satã ou coisa
parecida.
Ela bufou de raiva e
soltou sua mão da de Lucius e ele a pegou de volta, a puxando para ele.
─
Queria que fosse legal para você .
Ela balançou a cabeça e se acalmou.
─
Não é culpa sua. ─ Disse o abraçando. ─ Achei que o amor
deveria ser maior e mais importante do que tudo.
─
E é. ─ Lucius respondeu. ─ Alguém que não ama, não
pode dizer que vive de verdade.
Eles chegaram no enorme
portão de metal com figuras fortes o guardando e fizeram reverencia quando
Lucius e Mila passaram.
Lucius parecia sem graça
pela sua ideia. Ele poderia apenas ter feito um jantar romântico e tentar
seduzi-la , ou irrita-la, ou os dois ao mesmo tempo e terminar a noite nisso.
Ao invés, ele havia tido aquela ideia idiota...
Mila puxou Lucius pelo
colarinho de sua camisa cara, do qual ela tinha certeza que ele havia se
vestido como menino rico para impressionar seus pais, e o beijou enquanto não
conseguia conter o riso.
─
Esse dia foi um desastre, por favor. Não vamos repetir um dia desses com meus
pais. Eles me deserdaram há muito tempo com certeza.
─ Você
não esta brava?
─
Não. ─ Respondeu o puxando para os fundos.
Se eles andassem mais um
pouco, Mila poderia ir até aquele lago para nadar e se livrar naquele dia.
─
Onde estamos indo? ─ Perguntou ele e ela deu um sorriso malévolo.
─ Você
deveria aproveitar enquanto estou tão má que posso ser imprudente.
Lucius ergueu suas sobrancelhas em surpresa
pensando nas possibilidades....
Eles andaram mais para frente e caminharam
até a borda do lago onde Mila começou a tirar seu vestido, o deixando deslizar
para baixo de suas pernas. Em seguida ela retirou suas sandálias e Lucius viu
que obviamente ela não usava nada por debaixo daquele vestido, pois ela estava
nua diante dele e a ideia de que ela havia jantado com seus pais praticamente
nua o deixava excitado.
─
É lua cheia. Você não vai ficar com medo do lobo mal? Chapeuzinho vermelho. ─
Sua voz estava cheia de desejos e segundas intenções e Mila gostou. Ela queria
ve-lo assim. A desejando. Deixando ela tomar o controle, o primeiro passo.
─
Por que você acha que a chapeuzinho tinha medo do lobo? ─perguntou testando a
água molhando a ponta de seu pé.
Ela estava fria, mas
Mila preferia assim. Ela deu um pulo na água do modo mais gracioso humanamente
o possível e foi nadando lentamente para longe de Lucius.
Mila o encarou e ergueu uma sobrancelha.
─
O lobo pode muito bem ter sido a vitima da historia...
Ela viu os olhos de
Lucius brilhando num tom Azul Gelo á sua frente. Ela virou as costas para ele e
ouviu barulho de roupas sendo tiradas e sapados sendo jogados atrás de si e ela
sorriu com sigo mesma sem acreditar que ela havia tido coragem de fazer aquilo.
─ Você
está entrando num terreno muito perigoso. ─ Disse com a voz entre
cortada.
Lucius entrou na água e nadou até ela a envolvendo
em seus braços.
─
Não fui eu que entrei. ─ Disse ela se virando em sua direção. Ela encarou seu olhos
e mordiscou o lábio inferior de Lucius. ─ Foi você que me trouxe.
AAAHHHHH perfeito! kkkkkk que homem é esse senhor??!! quero um Lucius pra uso privado :9
ResponderExcluirTambém quero um Lucius para uso privado!!!!!!!! kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEsperando mega-ansiosa os próximos capítulos!!!!
Beijos!!
SEM PALAVRAS.
ResponderExcluirCADE O PROXIMOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!
Ficado cada vez mais louca.
comecei a seguir o blog e ja estou amando tudo Lucius é demaissssss!!!!!!!
ResponderExcluiransiosa esperando o próximo capítulo!
uau! que delicia! quero o próximo capítulo logo.
ResponderExcluirUau! Que delicia! Eu quero ver o próximo logo, é bom d++++.
ResponderExcluirestou amando este conto!! quando sai o próximo capítulo?? estou muito ansiosa pra ler o que vai acontecer!!!! *-*
ResponderExcluirOi, Grasi que bom que gostou! vou postar essa semana
ExcluirPosta o capitulo 11!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirQuero muito ler o próximo capitulo!!Por favor posta!!!!
ResponderExcluirvou postar amanha ^^ saio as 14:00 horas do trabalho amanha ai da tempo de terminar
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