Como
meus pais tinham o carro tive que pegar meus patins velhos e gastados para
voltar ao hospital da salvação. No meio do caminho recebi umas 3 mensagens de
amigas diferentes e uma havia dito que estava no hospital e que tinha visto
Dylan lá também, aparentemente ele tinha se machucado no treino de futebol e
que lá estava uma loucura só. Eles queriam que eu os fosse buscar por que Ian
não estava atendendo ao celular, provavelmente por que ele não estava
interessado em Dylan ou por que estava esperando a minha ligação, coisa que eu
só ia fazer se fosse uma super emergência
, afinal, eu não poderia ligar para ele toda vez que eu visse algo estranho na cidade, ainda mais com esses acontecimentos...
, afinal, eu não poderia ligar para ele toda vez que eu visse algo estranho na cidade, ainda mais com esses acontecimentos...
Quando cheguei lá tudo estava escuro e um
pouco quebrado demais. As luzes estavam falhando como se fossem queimar e não
tinha nenhum medico, atendente ou qualquer tipo de pessoa que trabalha num
hospital a vista. Mandei um torpedo para minha amiga dizendo que eu estava na
entrada e ela me respondeu que eles estavam trancados numa sala do lado oeste
por que tinha umas pessoas tentando ataca-los. Fiquei aliviada e um pouco
nervosa. Eles estavam seguros , mas eu não... e eu também não tinha carro..
Mandei uma mensagem para meus pais e eles
não responderão e tive que mandar uma para minha amiga para perguntar se ela
não tinha visto meus pais e ela não tinha.
Andei pelo hospital atenta e tentando ouvir
alguma coisa, mas o único som que tinha ali era da minha respiração, minha
esperança era que todos tivessem ido embora e eu pudesse tirar meus amigos dali
a salvo.
Fui em direção onde meus amigos estavam e
coloquei o ouvido na porta para ouvir se tinha alguém la dentro para não ser
pega de surpresa. Ouvi uma respiração e uns sussurros. Mandei mais uma mensagem
para minha amiga dizendo que estava ouvindo sussurros de uma sala e se ela
podia passar um papel debaixo da porta para saber se eram eles. E graças a deus
eram eles !
Mandei outro torpedo dizendo para abrir a
porta que eu estava do lado de fora e dei graças e obrigados a quem inventou o
torpedo e o modo silencioso , pois sem isso eu não teria os encontrado.
Eles saíram e olharam assustados para os
lados, pois estavam desconfiados tanto quanto eu, quando viram que estava tudo
ok , minha amiga me abraçou.
−
Graças a Deus que é você ! − Eu a abracei de volta.
− Meus
pais estão aqui também. Vocês estão de carro? – Perguntei e ela fez que não.
− Um
cara estranho roubou meu carro e um amigo de Dylan tinha o trazido para cá, mas
depois da confusão, não o vimos mais.– Disse ela enquanto segurava ele pelo
braço. Dylan estava um pouco pálido e sua perna esquerda estava com um enorme
hematoma. Eu também tinha percebido que ela não estava segurando-o de modo
romântico e sim por que estava com medo que ele não se aguentasse e fosse ao
chão. Não sei por que tinha reparado muito nisso, se eles estavam namorando o
problema era deles e não meu.
−
Alguém o atacou ? Ou foi só acidente?
− Só
acidente. Depois que você saiu com Ian um maluco invadiu o estacionamento e
quase matou a todos com o carro, Dylan estava no treino quando isso aconteceu e
ao ouvir gritos ele veio correndo e acabou se machucando por causa da escada.
Acreditei, mesmo achando difícil de acreditar
que Dylan fosse socorrer alguém, ele era mais do tipo “ Salvo meu traseiro
primeiro”.
− Tudo
bem, vamos achar meus pais. Eles estão com o carro e preciso tirá-los daqui.
Eles concordaram e fomos silenciosamente
andando até chegar na área de vacina onde provavelmente meus pais deveriam
estar, mas tudo que tinha eram algumas pessoas desacordadas...ou mortas. Meus
pais não estavam entre eles.
Passamos pelos corpos tentando não fazer
nenhum ruído, mas Dylan tropeçou em um e derrubou uns medicamentos no chão
causando um enorme barulho. Demos um olhar mortal para ele e na mesma hora
agarrei minha arma.
− O que
é isso? – Minha amiga perguntou.
− Uma
arma.
− Você
nem deve saber usar isso. – Dylan disse. – Me passa aqui.
− Você
nem consegue andar, quanto mais usar uma arma.
Ele ficou bravo e andou até mim.
− Não
vou atirar com o pé, e sim com as mãos! – Disse ele num tom mais alto e tive
vontade de dar um tiro no pé dele. Se ele não se lembrava, estávamos fugindo de
malucos e não para zoar com eles.
− Quer
levar um tiro? Temos que sair daqui seu idiota ! E não da para sair daqui em
segurança com você falando alto e revelando que tem pessoas normais aqui. –
Sussurrei para ele.
− Você
é uma garota. Homens que tem as armas e as mulheres são protegidas. – Dylan
disse como se tivesse fazendo um grande discurso.
− Oh
serio?! Voce descobriu que sou uma garota quando tirou minha virgindade? – Não
era uma pergunta de verdade. – E desde quando voce acha que eu tenho cara de
donzela que precisa ser salva? – Disse seguindo em frente quando ouvi um
barulho vindo bem atrás de Dylan.
Fomos andando e de vez em quando Dylan
tentava me fazer dar a arma, mas era mais fácil ele atirar em nós e nos usar
como distração do que ele nos proteger... Ou talvez eu devesse fazer isso...
Seria como uma próxima lição do guia. Use os que atrapalham para distração e
salve os que precisam. Mas eu não seria capaz de fazer isso , pois a culpa me
consumiria .
Nossos passos ecoavam pelo corredor e logo
alguns passos a frente eu achei uma bolsa conhecida. Era da minha mãe. A grande
bolsa de couro negro estava rasgada na parte esquerda, sua alça tinha sido
arrancada, o que era um forte indicio de luta ou que alguém teria tentado
arrancar a bolsa dos braços de minha mãe e conseguido. Mas ainda tinha algumas
coisas em seu interior. Um batom, uma carteira e as chaves do carro, eu peguei
o que tinha sobrado e guardei no meu bolso. Meus amigos me olharam de esguelha.
− É da
minha mãe . – Disse sem jeito e segui em frente antes que pudessem me perguntar
algo do qual eu, não teria resposta.
Tentávamos não fazer barulho caso houvesse
alguém naquele hospital fantasma que pudesse nos atacar, mas a medida que
chegávamos mais perto da saída, mais sons estranhos conseguíamos ouvir.
− Que
porra será que é essa? – Dylan perguntou esquecendo que era para falar baixo.
Eu tive que colocar minha mão em sua boca e fazer um sinal de silencio.
−
Shhhh! . Talvez eu não tenha balas suficientes.
Eu tirei a trava de segurança e engatilhei
a arma pronta para qualquer coisa. Chegamos mais perto e quando vi o que era
entrei em choque. Era meu pai e minha mãe e eles estavam transando loucamente
como animais e não estava dizendo isso só por que eles grunhiam como animais,
mas sim por que, realmente estavam agindo como um. Eles gritavam, faziam sons
estranhos como se estivessem engasgados e se moviam agilmente, como nunca os vi
antes. Meus amigos e eu nos entreolhamos e ficamos na posição de ficar sem
saber o que fazer, eu não sabia se poderia interromper ou se simplesmente tinha
que sair dali. Eu optei por atrapalhar mesmo.
Dei a chave do carro para minha amiga.
−
Corram e fiquem quietos dentro do carro ou ... fujam, sei lá. Eu dou um jeito
aqui.
Pensei que eles iam insistir em ficar ,
mas correram na mesmo segundo que terminei a frase. Grandes amigos vocês , vou
me lembrar da próxima vez e usá-los como isca.
Entrei na sala e meus pais me encararam.
− Temos
que ir. – Disse eu o mais baixo o possível. – Aqui é perigoso.
Mas eles não me deram ouvidos, ao invés
disso, eles grunhiram e chamaram seus amigos para se juntar a festa e não tive
outro jeito que não fosse correr para o lado oposto em que eles apareciam que
para minha sorte, ficava exatamente do lado oposto da saída e acabei numa sala
de cirurgia, presa e sozinha.
Uma nova lição do guia: Esqueça os que
ficarão para trás, siga em frente ou você pode ser a próxima.
******
Socos vinham em direção a porta e
comecei a pensar que a porta logo iria ceder e que eles me atacariam e foi
exatamente isso que aconteceu. Primeiramente vieram três pessoas e atirei
nessas três . Acertei uma bala no lado esquerdo na cabeça e mesmo não sendo no
meio dela ele caiu, acertei a segunda bala num ruivo , mas acabou indo em seu
ombro e tive que atirar mais duas vezes para finalmente acertar sua cabeça. A
quinta bala acertei no joelho de uma mulher loira vestida de enfermeira, mas
isso não a impediu de vir atrás de mim. Seu corpo estava se arrastando em
direção ao meu e pela ótima posição e dificuldade que ela estava tendo eu pude
acertar sua cabeça. Foi nojento. Espirrou um pouco em mim e não gostei muito da
sensação e nenhuma mulher em sã consciência iria sentir uma coisa diferente que
não fosse repulsa, mas não tinha jeito, eu tinha que lutar. Depois da minha
façanha pensei em ir para casa comer um pouco e dormir, mas dai mais cinco
pessoas entraram e vi que minha festa ia demorar mais um pouco.
Derrubei três e só faltavam dois, mas
tinha um probleminha. Tinha acabado minha munição e eu não tinha nada mais a
não ser um cadeira para me proteger. Dei uma cadeirada em um o derrubando,
enquanto o outro me agarrou pela perna.
Quando ele estava perto de me morder uma bala voou magicamente para o meio de
sua testa e uma voz conhecida falou atrás de mim.
− Uma
lição para o seu guia: Sempre tenha um
bom atirador que gosta de você em seu encalço. – A voz de Ian disse quase irritada. Ele atirou no
outro que eu tinha derrubado – E... Sempre avise alguém que você vai entrar num
ninho de zumbis, eles podem querer te ajudar.
Ele se aproximou de mim
com sua presença ( muito desejável, máscula e sexy, ainda mais depois de me
salvar) e olhou diretamente em meus olhos.
− Você
disse que me ligaria se precisasse. Qual a desculpa?
− Não
quis te incomodar caso não fosse nada... – Disse e ele ficou mais irritado
ainda.
− Eu
ficaria mais do que irritado caso você não me ligasse ! Sua sorte é que vim atrás do meu irmão e o
vi correndo para fora do hospital e entrando aonde?! Adivinha? – Não era para
adivinhar nada, ele estava puto comigo. – Ele estava entrando no carro do seu
pai. Sabe o que pensei? – Fiz que não com a cabeça;
−
Pensei que você tinha virado um deles. Tem motivo melhor para largar alguém
para trás? – Fiz que não com a cabeça e o abracei.
−
Desculpa. É que vi meus pais... e eles não eram mais... eles, tive que fugir.
Ian pareceu entender meu lado e me abraçou
de volta.
− Eu vi
eles. Eles estavam “ namorando” ou algo parecido no estacionamento do hospital.
Eles não me viram. – Ele deu um sorriso sem graça. – Achei que só ficassem nus
e violentos e não... − Excitados . – Disse terminando por ele.
Ele não queria admitir , mas tinha achado
divertido essa parte.
− Bem.
Teríamos menos problemas se as pessoas só ficassem com essa parte e não
tentassem nos atacar.
− Acho
que realmente são zumbis, mas não tem como saber direito já que não da para ver
o batimento cardíaco deles.
−
Fácil. – Disse ele. – Vamos esperar Dylan virar um deles e o amarramos numa
cadeira e faremos os testes.
Ian parecia cogitar essa ideia, mas preferi
não ter a confirmação. Saímos do hospital e encontramos Dylan e minha
futuramente ex- amiga no carro de meus pais. Quando Ian o viu socou a cara dele
com um murro certeiro.
− Mas
que porra!
Ian limpou sua mão na calça jeans e sorriu
para seu irmão.
− Isso
que ganha por largar seus amigos para trás seu marica.
Entramos no carro e dei partida, mas ele
morreu. Tentei novamente e nada. O carro roncava alto e morria. Depois de três
tentativas um grupo estranho apareceu a 3 quarteirões a nossa frente, em
seguida, umas pessoas começaram a correr em nossa direção. Todos nós saímos do
carro e começamos a correr descendo a rua e virando a esquerda onde tinha um
estabelecimento improprio do qual podíamos nos esconder.
− Nos
ajude ! – Um cara gritou. Eu o conhecia, ele estudava na nossa escola. Eles
estava com um grupinho de quatro pessoas.
Peguei o molho de chaves e abri a porta do
ILove Sexy Shop. Que era da minha tia. Todos entramos , contando com o grupo de
fora e fechei a porta deixando um grupo de zumbis zangados do lado de fora.
− Como você abriu isso aqui? – Um homem alto e
negro perguntou.
− É da
minha tia. Ela saiu de férias então eu cuido enquanto ela esta fora. Estamos
seguros aqui.
− Num
sexy shop? – Uma loira aguada perguntou.
− Uns
tarados tentaram invadir um vez e minha tia cercou tudo com grades e travas
extras de segurança. – Disse dando de ombros. Não era mentira, a única coisa
que eu não tinha revelado era que minha tia tinha mania de vestir as roupas
sexys e um desses dias um cara que era louco por ela a viu vestida com aquelas
roupas... bem. Digamos que ele era persistente e minha tia preferiu deixa-lo na
vontade por que parecia mais divertido.
Cada um se sentou onde mais se sentiam
confortáveis, isso quero dizer...o mais confortável que um lugar rodeado de
filmes pornôs e vibradores pode oferecer.
Eu me sentei perto da janela. A cortina
escura iria evitar que alguém me visse , mas eu poderia espiar de vez em quando
para ver se estávamos seguros, o problema era que ele ficava justamente na ala
onde tinha as roupas sexys e os vídeos pornôs ficavam bem a minha frente.
Dylan se aproximou e se sentou ao meu
lado.
− Isso
que é um apocalipse de verdade. Vibradores e pessoas nuas em todo lado. – disse
ele irônico. Eu não gostava de trabalhar
aqui. Toda vez que eu vinha nessa parte eu me lembrava o quanto uma adolescente
pode ser burra.
− Você lembra ? – Ele perguntou. Era difícil
esquecer quando você perde sua virgindade no sexy shop da sua tia. Um dia
ridículo na verdade. Estávamos rindo das coisas estranhas que minha tia vendia e
dos formatos estranhos que eles tinham, ai começou a rolar um filme na parte
privada da loja, Dylan e eu começamos a assistir e ficar excitados e de repente
rolou. Depois disso ele nunca mais tentou nada e nem sequer ligou para mim.
− Lembro. – Respondi. – Mas queria esquecer.
Ele
pareceu magoado.
− Fiz
algo errado aquele dia? Eu não fui... sabe?! Legal.
− Não
sei. Tem aquela dor de merda e você não deu muita importância depois. Se você
não gostava de mim, pelo menos não
deveria ter feito nada.
− Somos
amigos. Você entende ....ou não.
− Se
você me tratasse como uma amiga eu entenderia, mas você nem sequer me dava um
oi no corredor.
Peguei e fui saindo de perto dele,
principalmente por que alguém poderia ouvir, Ian poderia ouvir.
− Eu
estava confuso e tinha outras... necessidades, mas depois de um tempo eu...
− Agora
eu gosto de outra pessoa. – Disse terminando por ele. – E gosto muito.
Antes que nossa conversa pudesse ter uma
continuação uma caixa de dvd caiu e vi Ian indo para longe.
− A
outra pessoa sabe disso agora. – Dylan disse saindo para o outro lado e
entrando na sala privada. Eu não podia deixar de dar uma explicação para Ian e
era exatamente isso que eu ia fazer.
Perfeito!!!
ResponderExcluirEspero q ela fique com o Ian, ele é muito fofo.
Quando sai o proximo capitulo???
Vou postar o próximo amanha . Tambem quero que ela fique com o Ian, gosto muito dele.
ExcluirAmei demais
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