

Epilogo:
Assim em que desaparecemos
em meio a uma bola de pura magia, eu desmaiei e não acordei por umas boas horas
e quando o fiz. Eu estava de volta em meu quarto no meio da noite as uma da
madrugada. Eu estava exausta e suada e cheguei a pensar que tudo aquilo não
tinha passado de um sonho, mas para isso, eu precisava de provas para ter
certeza.
Sai no meio da noite
perambulando pela casa, só para encontrar tudo no lugar, tudo calmo e meus pais
dormindo em paz em sua cama. Então peguei meu carro e sai em direção a mansão
dos Wolf. Eu não sabia direito o que estava fazendo. Não tinha certeza se
aquilo tinha sido um sonho muito bem elaborado ou que eu realmente tinha feito
aquilo com o povo da cidade. Pelo menos se aquilo tinha sido um sonho... bem...
no meu sonho eu tive a ideia insana de voltar no tempo. Pois se eu nunca
tivesse desaparecido, meu pai não precisaria se lembrar de nada e ficaria tudo
ok. Mas mesmo assim tinha as outras pessoas da cidade... Dimitri tinha
sequestrado moças e eu tinha que ter uma ideia para que desse certo no final.
Mas eu precisava ter certeza.. Fora que se deu tudo certo, eu precisava evitar
que Helena fosse para lá. A casa não estava 100% protegida, se ela entrasse
dentro daquela casa... Tudo ia para os ares.
Eu precisava ter certeza que
aquilo não foi um mero sonho e que, o que eu tinha planejado como surpresa
havia dado certo. Se chegasse lá e tudo fosse um sonho... eu voltaria para casa
com o peso do mundo nas costas e apaixonada por um cara que eu mesma havia
inventado.
Uma hora de viagem de carro, eu correndo com ele como se fosse tirar meu
pai da forca e..cheguei.
Esperei duas horas e com vontade de urinar, até que eu estava quase
desistindo, quando finalmente Helena apareceu resmungando meu nome.
Tinha sido verdade...ou eu estava virando uma bela de uma vidente.
Me mexi um pouco e acabei deixando-a morrendo de medo, quando ela estava
prestes a se encaminhar para a mansão eu agarrei seu braço e ela gritou.
E eu pude ouvir. Os passos de dentro da casa, a conversa. Pessoas
falando surpresas e dois homens muitos felizes em me ver. Eu sorri feliz e
tratei de me acalmar.
─ O que você esta fazendo aqui sua louca? ─ Perguntei e ela me pareceu
como se estivesse vendo Jesus em sua frente, como se estivesse vendo um milagre
em pessoa. Lagrimas vieram a seus olhos.
─ Achei que ia morrer porra.
Sorri e tentei acalma-la
colocando a mão em seu ombro.
─ Vamos embora antes que alguém te veja. ─ Disse rezando para que ninguém
saísse de lá.
A ultima coisa que eu queria era que ela os visse e acabasse criando
curiosidade por aquele local, mas antes que pudéssemos ir , uma luz aos fundos
da casa acendeu e toda a cor do meu rosto se esvaiu, junto de helena .
─Ai meu deus! Nós vamos morrer! ─ Disse ela desesperada tentando me
puxar pelo braço, mas dei de ombros, calma.
Como se tudo ali fosse normal. Ah Se ela soubesse...
Ia ser mais um problema para mim.
─ Olha só, você acordou todo mundo, que bosta. ─Disse frustrada.
Ela me encarou como se pensasse que eu estava com espíritos e tive que
revirar os olhos. Helena tinha a mania de pirar em momentos ruins .─ Não
precisa pirar desse jeito.
Ela engoliu em seco confusa. A
porta da mansão abriu e um homem enorme podia ser visto na porta, Loiro, bonito
junto de um cachorro enorme que se lançou sobre mim assim que me viu.
Tive que conter um grito. Embora soubesse que era Dimitri em sua forma
transformada, eu quase me autotransformei só de ve-lo assim . Eu podia ser como
ele agora, mas eu ainda assim morri de medo de cachorros grandes,
principalmente quando eles estão correndo em minha direção, mas acho que isso
tinha virado costume.
Helena gritou pedindo ajuda e dei graças a deus dos Wolf não terem
vizinhos.
─ Ai . MEU DEUS! ELE VAI COMER ELA!.
Eu comecei a rir quando Dimitri começou a me lamber e dei a ele um olhar
de repreensão. Ele podia estar em sua forma bestial, mas eu tinha plena
consciência de segundas intenções.
Alexander caminhou em nossa direção.
─ Ele não vai me comer. ─ Disse a ela rindo enquanto o cachorro
demoníaco lambia todo o meu rosto. Ele podia estar querendo me comer, mas não
era do jeito que ela estava pensando... ─ Meu namorado mora aqui.
Alexander se aproximou de Helena
e se apresentou de forma galante.
─ Alexander Wolf. Prazer. ─ Disse se apresentando com uma voz sensual e
cheia de promessas antes de se encaminhar para mim e me dar uma piscadela, sem
vergonha.
Nos encaramos por um momento e ele me parecia meio perdido, como se não
soubesse ao certo como agir mais em minha frente. Eu tinha acordado confusa,
achando que tudo não tinha passado de um sonho. Então me passou pela cabeça que
eles talvez pensassem que eu tinha me esquecido deles.
Quando ninguém disse nada. Eu finalmente disse.
─ Eu sei. Vocês ficam perdidos sem mim. ─ E nós dois rimos aliviados;
Meu plano tinha dado certo. A mansão Wolf não tinha sido afetada graças
a deus. Se algo tivesse dado errado.. Eu teria dado reset no mundo inteiro e
teria que passar por tudo aquilo novamente, como um ciclo vicioso .
─ Vamos entrar ! ─ Disse ele todo feliz, mas recusei encarando Helena.
Ela já tinha visto o suficiente hoje e eu não poderia conversar livremente em
sua presença.
─ Desculpe. ─ Disse me encaminhando em sua direção. ─ Vou leva-la para
casa primeiro.
Ele não só parecia desapontado
como Dimitri parecia infeliz. Me despedi e levei Helena para casa, mas não
antes de dar um chute em Ray no caminho, sabe. Manter os costumes bons.
Ela parecia estar desconfiada de alguma coisa, mas como sempre eu tinha
uma resposta certeira. Com tudo que eu tinha lidado esses meses...Eu queria me
dar um abraço e me parabenizar!
Depois de duas horas para ir e
voltar para a mansão dos Wolf, eu mal havia pisado no terreno e Dimitri e
Alexander estavam me arrancando do carro. Tentei não ligar por Dimitri estar
pelado , sem vergonha nenhuma na cara e sorri para eles.
─ Calma ai caras. ─ Disse levantando as mãos em sinal de rendição.
─ Eu estou quase morta de cansaço, peguem leve.
Dimitri me pegou no colo e me levou para dentro. Seus pais e os
empregados estavam sentados na sala, preocupados comigo. Dimitri não estava disposto
a me deixar sozinha com ninguém, mas sua mãe gritou para ele por uma roupa
decente, antes que ela esquecesse que ele era um homem feito e lhe desse uma
surra.
Ele atendeu ao pedido de sua mãe
e quando voltou eles me encararam com olhos suplicantes.
─ Você nos deixou preocupados mocinha. ─ Disse ela. Em seguida apontou
para Dimitri. ─ Ele parecia um trapo de homem e ele e Alexander quase saíram
nos tapas.
Fiquei surpresa com a informação, embora eu tenha visto as brigas deles
desde o começo.
─ Quanto tempo se passou desde que eu fiz aquilo? ─ Perguntei confusa e
todos se entreolharam para ver se diziam ou não a verdade.
Foi Alexander que respondeu se sentando do meu lado e Dimitri do meu
outro.
─ Uma semana.
Arregalei meus olhos sem acreditar direito.
─ Meu Deus! ─ Disse me levantando aos nervos e tirando uma mecha de
cabelo do meu rosto.
─ Para mim foi apenas algumas horas! Eu até pensei que tudo não passava
de um sonho. ─ Disse por fim. ─ Eu estava tão cansada e confusa que pensei que
estava ficando louca.
Dimitri agarrou minha mão.
─Ainda bem que veio tirar as duvidas então. ─ Disse ele me dando um
sorriso e eu queria desesperadamente passar uma horas a sós com meu marido.
Podia ter passado horas para mim , mas isso já era o suficiente para me sentir fazia
e sozinha.
─ Pensamos que tinha se esquecido de nós. ─ Disse Alexander e eu afirmei
com a cabeça.
─ Não. Só fiquei confusa quando acordei e vim direto para cá. ─ Disse
acabando de lembrar que eu estava morrendo de vontade de ir ao banheiro, mas
tinha me distraído tanto que a vontade tinha ido embora.
Os pais deles me olhavam
interessados e prontos para me encher de perguntas.
─ Como você conseguiu isso?
─ Voltei no tempo. ─ Respondi. ─ Mas só a cidade voltou, o terreno da
mansão dos Wolf esta intocado.
Mesmo assim eles pareciam duvidosos.
─ Percebemos. ─ Alexander disse. ─Dimitri e eu olhamos o porão e não
tinha ninguém lá. Pensamos que se tudo tinha voltado no tempo, as moças ainda
estariam lá.
─ Não. ─ respondi. ─ Se isso acontecesse , estaríamos num ciclo vicioso,
presos no tempo. Sem moças, sem pessoas da cidade caçando vocês, sem meu
desaparecimentos durante esses meses, meu pai não vai pirar e vir aqui com uma
arma.
Claro. Há não ser que ele descobrisse que me casei e que não sou mais
virgem. Ai sim teria chances.
Eles pareceram satisfeitos e até mesmo
orgulhosos.
─ Quer dizer que posso dar uma festa? ─
perguntou Tatiana. Feliz com a ideia de finalmente aproveitar o tempo.
Seu marido parecia animado só de ver o sorriso de orelha –a-orelha dela.
Alexander me olhava engraçado e cheguei a pensar se tinha algo de engraçado no
meu rosto, mas talvez fosse só felicidade dele finalmente estar livre e que sua
família voltasse a se socializar com a sociedade. Pena que Dimitri não pensava
o mesmo. Ele estava de cara fechada olhando feio para seu irmão, e agarrou
minha cintura, envolvendo ela com seu braço em volta numa atitude possessiva.
Ele me encarou dando me um sorriso encantador e apaixonado. Seus olhos
mudaram de cor negra para vermelhos.
─ Vamos dormir então. ─ Disse ele me puxando, mesmo que a ideia não
fosse exatamente dormir. Eu simplesmente não podia.
─ EU tenho que voltar para casa.
Todos me olharam boquiabertos e Dimitri me parecia chocado. Olhei em meu relógio e se eu saísse agora,
chegaria uns minutos antes de meu pai acordar para ir para trabalhar e se não
me engano. Eu teria treino de futebol dentro de poucas horas e eu não tinha
dormido nada.
─ Se me pai acordar e não me vir lá ele vai me procurar como um louco, e
Helena sabe que eu ia voltar aqui... ─ Comecei.
─ Mas você é a esposa do meu filho! Não pode deixa-lo sozinho.
─ É só enquanto as coisas não se acalmam. ─ Tentei explicar. ─ Não posso dizer que me casei e que estou indo
embora.
Fora, que seria uma hora de carro até a escola todos os dias durante 3
meses até o termino da escola. E eu nem tinha pensado na faculdade... eu
realmente, quero fazer uma.
Eles ficaram tristes como se eu
os tivesse abandonando , então tive que bolar uma ideia.
─ Me de 3 meses. Digo ao meu pai que estou namorando... ─ Comecei. ─
Depois desses 3 meses digo que vou ficar noiva e dai casamos de novo. ─ Disse
feliz com minha saída triunfal. ─ Com a presença de nossos pais.
Quando terminei a mãe de Dimitri e ele eram pura felicidade.
─ Sério? Eu ficaria tão feliz! Você poderia usar o meu vestido de
casamento!.
Dimitri me abraçou e me beijou
enquanto Alexander revirava os olhos num canto.
Eu estava muito feliz até meu celular começar a tocar no meu bolso e eu
ver de quem era a ligação.
MEU. PAI.
─ Shhhh. É o meu pai. ─ Disse sentindo uma surra futuramente.
Eles ficaram quietos e eu atendi.
Não só eu, como todos. Ouvimos meu pai gritar do outro lado da linha.
─ VOCE ESTA ENCRENCADA MOCINHA! NÃO TEM CASA NÃO!? QUANDO CHEGAR EM CASA
VAMOS TER UMA CONVERSA...
Meu coração disparou a mil e fiquei branca. Eu não acho que meu pai
tinha lembrado de alguma coisa, mas sentia que ia ficar de castigo até os 40 se
eu não chegasse lá em menos de 20 minutos e com uma desculpa boa o bastante
para salvar o meu traseiro.
─ Vou ficar de castigo até os 40 anos se eu não for agora.
Eles me acompanharam até o carro e Dimitri me deu um beijo rápido antes
de Alexander se enfiar no meio e beijar meu rosto.
─ Volte amanhã se puder.
─ Eu volto.
Quando estava dando partida e descendo o morro da mansão que eu lembrei,
sou uma bruxa. Eu posso simplesmente dar um jeito nisso. Em menos de 5 minutos
eu estava passando pela porta de casa com uma cara de pau encarando meu pai na
sala de estar.
Ele não parecia de bom humor.
─ Onde você estava mocinha?. ─ Disse tentando analisar minhas roupas. Eu
estava com um sobretudo negro , pois naquela parte no terreno Wolf , antes,
fazia frio e estava de botas altas. Eu não estava com cara que estava numa
festa, não estava cheirando a bebidas ou cigarros, então meu pai não tinha
nenhuma prova concreta que eu estava aprontando alguma.
Olhei para ele com ar de cansada e revirei os olhos como se estivesse de
saco cheio.
─Helena brigou com o namorado e tive que buscar ela.
Meu pai ficou meramente aliviado antes de me dar um sermão.
─ Eu sempre falo que essa garota atrapalha você, sempre esta tentando te
tirar de casa!
Revirei meus olhos cansada. Só deus sabia o quanto eu queria uma cama
naquele momento.
─ Só foi um favor pai. Não é como se ela estivesse me fazendo mal.
Meu pai apontou o dedo para mim e arregalou seus olhos. Ele tinha essa
mania quando estava nervoso.
─Nem se ela quisesse . A partir de agora você esta de castigo até se
formar!
EU tentei argumentar , mas ele tinha chegado a perguntar se eu queria
ficar de castigo até os 30 e eu calei minha boca e fui para o meu quarto em
silencio. Quando fechei a porta. Uma silhueta negra podia ser vista em minha
janela.
No começo pensei que fosse Dimitri, mas ele não era bruxo e não
conseguiria chegar lá tão rápido, também pensei que poderia ser Melina, mas ela
era humana agora e meu quarto ficava no segundo andar, então, eu duvidava que
aqueles braços magros pudessem escalar paredes. Foi quando eu vi o brilho dos
olhos. Eram brancos e malignos. Acendi a luz e me encaminhei para a janela,
quando cheguei bem perto vi um homem desconhecido, ele sorriu para mim e disse.
─ Encontrei você.
E tão rápido como tinha aparecido ele se foi, e adivinha... não preguei
os olhos o resto da noite com medo de vampiros....
Continua no Livro Dois. A maldição dos Wolf. Além da maldição.



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