2 Capítulo:
Mais tarde naquele dia, Mila tomou banho e
passou um batom transparente sabor morango para que seus lábios ficassem mais
hidratados e saiu pela porta dos fundos para alimentar seu cachorro Brad. Mas
chegando lá, não o encontrou.
─ Brad
? Vem coisa fofa . ─ O chamou e nada.
Então ela lembrou que ele gostava de
paquerar a cadela, da vizinha e seguiu em direção ao parque, que era onde a
cadela costumava ficar. Seguiu pelo caminho longo através do mato, evitando as
pessoas. Ela não gostava quando eles a encaravam e davam olhares de reprovação,
como se ela tivesse algo contagioso . Além do mais, nem ela mesma sabia o que
tinha. Ao desviar de uma árvore, chocou seu corpo contra um homem alto com pele
bronzeada.
─
Desculpe. ─ Disse ela reparando rapidamente do rosto do
rapaz. Ele não devia ser dois ou três anos mais velho que ela, mas seus olhos
pareciam ter a sabedoria de milhões de anos. Seus olhos eram azuis, mas não
como o de Lucius. Líder do bando desse território. Eram azuis comum, bonitos,
mas faltava algo especial neles. Seus olhos pareciam cansados. Seus lábios eram
atraentes, mas não cheios e carnudos, tinha maças do rosto longas e um furo no
queixo. Seu nariz era desigual , como se tivesse se metido em muitas brigas,
mas seu rosto era amigável.
Ele a olhou com um certo interesse e
arqueou as sobrancelhas com diversão.
─ O que faz pelo mato moça? Tem lobos por ai. –
Ele avisou, mas ela não estava preocupada. De qualquer jeito ela não era do
tipo de moça que temia a morte, ainda mais doente e sem cura. Ela teve sorte de
conseguir ficar de pé hoje.
─
Meu cachorro sumiu e deve estar com fome, Brad é preguiçoso e metido , não come
nada além do que dou para ele.
O Rapaz sorriu e apontou
um dedo longo indicando uma direção.
─
Vi um vira ─ lata no parque com uma poodle, mas não sei se é o seu.
Mila agradeceu com a
cabeça e seguiu a direção que ela estava pretendendo ir desde o começo daquela
conversa.
Chegando lá ela pegou Brad e o fez deitar
aos seus pés.
─
Estou doente e me faz vir atrás de você , seu ingrato?!
Brad abaixou a cabeça rapidamente e
choramingou pedindo perdão a sua dona e sem resistir, ela afagou os pelos de
seu pescoço. Mila levou tempo para perceber que só tinha os dois ali e decidiu
aproveitar o momento, sentir o sol do entardecer em seu rosto sem ter ninguém
falando de sua doença inexplicável, sem falar de tratamentos e médicos que
iriam fuçar seu corpo inutilmente.
Ela sentiu a brisa, a calma, o cheiro da
grama. Ela percebeu que o cheiro estava mais forte, mas pensou que era por
causa da época de chuva. Quando abriu os olhos viu o homem de olhos azuis
olhando de canto de olho para ela e cochichando com outro homem. Não um homem
qualquer. Era Lucius. Os dois se entreolharam e Lucius deu um sinal afirmativo
ao rapaz. Com certeza concordando com algo que o rapaz disse. Em seguida os
dois olharam para ela rapidamente e foram embora.
Sem querer perder mais tempo, Mila pegou seu
cachorro e foi embora por um caminho totalmente diferente. Ela estava com um
mal pressentimento .
Ela seguiu seu caminho deserto e parou em
frente á algumas lojas e bancas de jornal. Maioria das revistas , artigos e até
joias estavam diferentes, do tipo á lá
lobo. Um colar com pingente de pedra azul em forma de lua chamou a sua atenção,
mas ela não se iludiu. Nunca teria um desses, não enquanto seus pais tivessem
que pagar aos seus medicamentos que nem sequer faziam efeito.
Ela sorriu triste para
seu cachorro antes dele começar a rosnar sua direção e uma sombra se
sobressaiu sobre a dela, uma sombra alta e corpulenta demais para seu tamanho,
quando olhou para trás deu de cara com Lucius. Seus olhos azul gelo lendo cada
reação de seu corpo. Talvez ele pudesse até cheirar seus sentimentos. Ela
pensou.
Ele desviou o olhar e levou um dedo aos
seus lábios em sinal de silencio e Brad se abrandou imediatamente. Algumas
pessoas a sua volta começaram a encarar e sussurrar coisas que provavelmente
somente ele pudesse ouvir. Mila o invejava por isso.
Ela começou a pensar no que as pessoas
estavam falando e um pensamento se sobressaiu. Provavelmente estavam falando de
sua aparência, sua face levemente pálida e lábios avermelhados por tentar dar
uma cor em seu rosto. Ela era um grão de areia e Lucius era a Lua, tão grande,
imponente e hipnotizador .
Lucius voltou a olhar para seu rosto e em
seguida olhou para onde ela tinha acabado de olhar. A loja de joias, em seguida
entrou na loja e saiu de lá sem nem sequer voltar á olha-lá.
Ele não queria admitir, mas tinha sentido
alguma coisa ao olhar a humana. Se lembrava dela, mas estava diferente agora. Quando
o véu que separava o mundo havia se rompido, Lucius não pensou que ia cair
sobre uma mulher humana tão rapidamente e mesmo assim , o fez. Tinha ocorrido
muitas coisas, muitas tratos e algumas ameaças
para se manter em seu posto assim como o resto das criaturas
sobrenaturais. Mas não a esqueceu , e a vendo ali algo o intrigou. Os olhos
daquela mulher não tinham medo, nem sequer luxuria como as outras mostravam. Um
grande números de mulheres haviam feito e mostrado coisas a ele desde que havia
saído de seu buraco e muitas delas ele tinha aceitado e feito as coisas de
acordo com os que elas haviam proposto . Mas essa... Nada. Seus olhos eram
triste e pelo seu cheiro ela desejava algo, mas não ele. Lucius olhou para a
loja que ela estava encarando por vários minutos e viu uma joia que ele pensou
sem saber o por que, que ficaria perfeito no pescoço dela. Ele entrou e saiu do
lugar guardando a jóia em seu bolso sem voltar á olha-la . Ele não quis admitir
para si mesmo, mas se sentia estranho por não ser o seu objeto de desejo.
Ninguém tinha feito isso á ele antes.
Mas ele teria a sua chance. Prometeu a si
mesmo . Ela teria o que queria e ele também, sem sequer ter muita escolha.
Lucius tinha ganho um novo objetivo . E era aquela mulher.
****
Mila achou que o homem
só pudesse ser louco, mas preferiu não pensar no assunto e aproveitar seu dia já que estava se
sentindo bem naquela manhã. Então foi para o seu lugar secreto. O lugar onde ia
sempre com os amigos nadar e aproveitar o dia . Era afastado o suficiente da
sua casa para sua mãe não ficar sabendo, e perto o suficiente para encontrar
Lucius. Por que onde ele decidiu morar ficava há uns poucos metros de distancia
da cachoeira e do enorme lago que se formava abaixo dela. Mas mesmo assim quis
correr o risco e Brad precisava se divertir também. Afinal, ele foi seu
companheiro de todas as horas e deixou de sair esses dias para ficar aos seus
pés para lhe dar apoio.
Ao lembrar disso ele
acariciou Brad e o levou até lá com a promessa de um bom banho. Chegando lá ela
tirou suas roupas ficando de roupas intimas e olhou seu cachorro com a língua de fora e com o rabo abanando
euforicamente .
─
Esse é o único tipo de banho que você gosta, não?! ─ Disse
ela.
Em seguida Brad pulou na água e a encarou
quase a desafiando a fazer o mesmo e ela riu dele. Ela pensou que as vezes seu
cachorro parecia quase humano.
Eles passaram a manhã toda nadando até
se cansarem e decidiram ir embora. Nenhum dos dois percebeu que estavam sendo
vigiados.
Chegando em sua casa, ela encontrou um caos.
Seus pais estavam gritando e xingando alguém e tinha alguns repórteres em sua
porta. Quando a viram vieram para cima dela, mas Brad a defendeu mostrando seus
dentes e ameaçando tirar um pedaço de quem chegasse perto de sua dona. Mila
entrou em sua própria casa com certa dificuldade e quando o fez, Lá estava seu
carma astral. Lucius estava sentado em sua poltrona como se a casa fosse dele e
o homem ao qual ela havia se encontrado hoje cedo, estava encostado em sua
escada com várias malas ao seus pés. Seu primeiro pensamento foi que eles iam
tomar sua casa para eles, mas quando reparou que as malas eram dela não deixou
de esconder o horror em seu rosto. Brad percebeu por que começou a rosnar em
direção ao homem que fez o mesmo movimento com os dedos, mandando Brad se
calar. E assim o fez.
Mila arregalou os olhos e não deixou de praguejar.
─ Vocês
devem estar de brincadeira !. ─ Disse ela aos dois. Mas o som da sua voz
era baixa demais em comparação ao barulho que estava fora e dentro da sua casa.
Sua mãe os chamavam de monstros e outras coisas, enquanto seu pai dizia que ia
arrumar um advogado ou chamar a policia. Repórteres gritavam perguntas e
especulações para suas câmeras e diziam o que o poderoso e perigoso Lucius
estaria fazendo na casa de civis. Mila até tinha ouvido a palavra ataque aos
lobos e que provavelmente haveria um massacre. De repente ela quis ser um
monstro também. Devorar todos e ficar no silencio. Seu cansaço aumentou junto
com seu mal estar. Mal sentiu quando seu corpo cedeu e ela apagou.
Kathy!
ResponderExcluirMuito bom essa parte do conto... vou vir acompanhar mais outras...
Receber sua visita no blog, tornou meu dia ainda mais feliz! Obrigada!
Desejo um final de semana cheio de luz e paz !!
cheirinhos
Rudy
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
"Cada um recebe de acordo com o que dá. Se você der ódios e indiferenças, há de recebê-los de volta. Mas se der atenção e carinho, há de ver-se cercado de afeto e amor."
Obrigada Rudynalva ! Adorei sua visita, sempre visito seu site.
Excluirbjus ^^
Amei !!!!
ResponderExcluirMal posso esperar pela continuação, tanto desse conto, como o da Ceifadora!!!
Beijos!!!!!!!!!!!!!
Obrigada Diana. Deixei o da ceifadora um pouco de lado por que quero terminar o primeiro livro e estou pensando com cuidado o que vou escrever nos capitulos finais. Que bom que esta gostando do novo conto. bjus
ExcluirTo amando Kathy *-*
ResponderExcluirObrigada Viviane ^^
Excluirto amando esse seu livro... vc escreve de mais.. mau posso esperar pelo proximo capitulo,estou anciosa para ler mais.... vou acompanhar esse livro sempre.. bjos linda
ResponderExcluirAdorei!! Sou apaixonada por romances com lobos! Amei este clima de mistério. Vou acompanhar... Bjussssss
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