1 mês antes ...
A noite estava fria e tempestuosa, um indício
de mau presságio, não que alguém de sua família acreditasse nela. Não que fosse louca, mas estar com 40 de
febre por algum motivo colocava sua sanidade em teste.
Mesmo com frio Mila se arrastou até a
borda da cama e se pendurou nas abas da janela olhando para fora, para o vendo
e a chuva açoitando seu vidro enquanto sombras negras e curvadas corriam de um
lado para o outro. Uivos estavam em todo lugar e em algum aposento da casa
podia se ouvir meu pai resmungando dos malditos cachorros. Seu coração dizia
que algo estava errado, mas não especificava exatamente o quê. Ela odiava essa
sensação. As vezes mal conseguia dormir tendo aquela sensação ... sem saber o
que era. As vezes era nada e as vezes tudo. Dependia sempre do seu estado de
animo, e isso quer dizer , que com febre o nada e o tudo podia ser muita coisa.
Desceu as escadas em silêncio e com a
cabeça parecendo um vulcão em erupção. Abriu a porta dos fundos e saiu a procura
de seu cachorro Brad, ela sabia que Brad era nome de humano, porem tinha posto
o nome do seu ex-namorado que também era um cachorro, então... não achava
grande coisa. E o cachorro não pareceu ofendido mesmo nunca tendo gostado do seu
ex.
Quando
abriu a porta dos fundos o vento bateu em seu rosto levando consigo a chuva e
não demorou nada para sua roupa ficar úmida, mas continuou ali olhando a sua
volta como se algo de diferente fosse acontecer. Olhou as arvores que se
estendiam até o céu , as nuvens escuras e pesadas a cima dela e ouviu um
barulho. Como se tivesse vários e vários lobos vindo em sua direção. Seus uivos
e rosnados se aproximavam cada vez mais e demorou um tempo para perceber que
eles não estavam ali, e estavam. Os sons estavam ali, mas eles não. Algo estava
os impedindo de chegar a ela e não sabia se isso era algo ruim ou bom. Mila não
tinha ideia do que fazer , só sentia que tinha que ficar ali e esperar.
O vento ficou mais forte e as nuvens se
dividiram revelando a lua, uma lua tão vermelha como sangue e foi ai que algo
aconteceu. Os sons ficaram mais altos e uma luz branca e forte apareceu de
repente cegando seus olhos por alguns segundos , algo ou alguém, caiu em cima
dela junto com seu rosnado bruto. Rolaram e acabaram caindo na piscina .
Seu corpo mergulhou na agua fria o levando consigo,
mas por sorte conseguiram tirar suas cabeças da água sem que nada os acontecesse.
O que tinha caído sobre ela era um homem. Um homem alto e musculoso demais para
seu gosto. Seus olhos eram de um azul gelo que poderia jurar que estavam
brilhando com uma intensidade sobrenatural quando ele a olhou.
Sua visão ainda estava um pouco embasada
quando ele rosnou e resmungou algo que não conseguiu entender . Em seguida, ele
partiu sem dizer mais nada e seu pai saiu correndo aos gritos para fora enquanto
sua mãe a ajudava a ficar em pé.
─ O quê há de errado com você ?! ─ Ela
gritou.
Mas Mila não conseguiu responder, mas sentia
que não era ela que tinha algo de errado, e sim que algo não estava certo. Só o
tempo poderia lhe dizer.
D
Depois daquele dia apareceram as noticias em
todos os jornais , revista e canais de tv.
Todas as coisas sobrenaturais que pensaram serem lendas estavam saindo
de seus buracos e ninguém sabia o por quê ou de onde saíram .
─ Que horror ! ─ Sua mãe disse
vendo um vampiro atacando uma prostituta na tv. ─ Eles deveriam
arrumar umas estacas!. ─ Disse ela.
Mila
revirou os olhos e se enfiou ainda mais em suas cobertas. Estava sentindo um
frio fora de série desde o seu banho de piscina com uma criatura sobrenatural.
Ela não pensava que ele fosse um vampiro... Talvez um lobo. Imaginando a cena ela imaginou algo parecido
com Alcide de True Blood e teve que mudar sua linha de imaginação. Pensar em
homens doente a deixava mais doente, pois não podia tê-los. Não assim pelo
menos.
Revirou os olhos e esticou os braços para
pegar seus comprimidos. Nem sequer sabia mais para que eles serviam, mas seja
lá o que for eles eram caros e não estavam funcionando. A sua febre e mal estar
tinham começado há alguns meses e não tinha passado dos 40 graus desde então.
Ninguém sabia o motivo ou a cura. Nenhum medico tinha visto isso, nenhum
especialista e sua mãe até teve o disparate de pensar em possessão. Ou seja, Mila
Havia ficado horas e horas em uma igreja com um padre jogando água benta e
gelada sobre ela. Não funcionou, mas ela pode sentir que sua mãe estava alivia
de não ter tido efeito. Sua mãe é a típica maníaca religiosa que preferia uma
filha a beira da morte do que possuída.
─ Vai ver que ele estava com fome. ─
Respondeu para ela e recebeu um daqueles olhares. Um daqueles do qual ela a
chamava mentalmente de maluca. Mila quase podia ler sua mente de tão forte que
eram seus pensamentos.
─ Você está delirando. ─
Disse com uma careta.
Mila quis dizer para ela que gostaria mais de
ser aquela com o vampiro do que estar ali, numa sala fria, vendo tv e ouvindo
reclamações, mas ficou quieta para o seu bem estar.
Em seguida começou o discurso das criaturas
sobrenaturais no jornal. Um de cada espécie, os lideres, tinham vindo dar um
recado. Eles dividiram os territórios em partes iguais e eles decidiriam as
vidas da população, se você quer uma arma... teria que pedir para eles, você
quer matar ou bater em alguém ?! vai ter que pedir para eles. Só faltou a parte
onde a população pede para eles para poderem fazer sexo. Ela quase riu com a
ideia idiota.
Nenhuma criatura poderia invadir o território
do outro sem um bom motivo, como por exemplo eles estarem sob ataque de
humanos. Uma raça teria que avisar a outra. E seriamos obrigados a doar sangue
para o bem dos vampiros, pois se não eles pegariam por eles mesmos.
Sua mãe reclamou ao seu lado e resmungou
algo sobre o poder da igreja , mas não deu muita importância pois o remédio a deixava
meio grogue e doida. Sem dizer o sono.
─ Vai ser lindo um monte de gente morta por
causa de uma manifestação da igreja .
─ Disse meio grogue e sua mãe pirou.
─Está defendendo eles? ─
Perguntou ela indignada.
Na verdade eu ela não estava ligando merda
nenhuma para ninguém, ela só queria ficar trancada no seu quarto, debaixo do seu
edredom e dormir até o fim do mundo.
─ Eu já estou morrendo. A última coisa que eu
preciso é que alguém adiante isso. ─ Sua mãe praguejou uma centena de vezes até
se acalmar e logo o líder do território onde eles se encontravam apareceu para
dar um ultimo recado.
Mila ergueu a cabeça de leve para ver o que o homem tinha
para dizer e quase arregalou os olhos quando o viu. Lá estavam os olhos azuis
gelados, pele bronzeada, braços fortes e sorriso de matar. Lucius Lycanus .
Aparecia seu nome logo abaixo de sua imagem. Senhor das terras brasileiras onde
nenhuma alma pertencia a eles mesmos. Não que antes fosse muito melhor. Pensou
Mila. Pelo menos eles estavam fazendo isso na cara do povo e não pelas costas
como os políticos. Sem comentar que com as criaturas saindo das sombras, o
governo tinha algo mais com se preocupar do que encher seus bolsos.
- Vocês já sabem o que pedimos e se
sofrermos algum ataque ou opressão, vamos revidar a altura. – Disse ele tão
calmo e frio como um iceberg . Ele olhou para frente, para Mila. Como se
pudesse ve-la através das câmeras e ela ficou rija. – Não pensem que somos como
as criaturas de seus filmes idiotas. Somos mais que isso. Somos milhares de
vezes mais fortes , ágeis, espertos e sem dizer que trabalhamos em bandos. ─
Lucius sorriu, aquele sorriso que quase fez Mila se contorcer. ─
Podem pegar suas bombas se quiser. Não seria a primeira vez... ─
Disse ele divertido, desafiando quem tivesse coragem de se expor daquele jeito
e acabar morto.
Mila pensou que ele tinha terminado até ele
dizer uma simples frase que a fez ficar em alerta total de emergência .
─ Queremos mulheres. As mais bonitas que
encontrarmos e vamos leva-las conosco. A qualquer custo.
Ela se enfiou de novo entre suas cobertas
sentindo a febre subir novamente e seus miolos ferverem. Ela estava longe de
ser considerada bonita ou sequer atraente. Seu corpo não estava no seu peso
perfeito e estava doente. Com isso, era impossível de alguém se interessar por
ela, ainda mais alguém poderoso e líder sobrenatural. E como se sua mão lesse
sua mente, ela disse.
─ Desse mal não morreremos . Não com uma filha
assim...
Mila não queria pensar demais no assunto, mas
aquilo a magoava . Ela queria ser o máximo de normal, mesmo doente. Queria que alguém
dissesse que era bonita, mesmo que fossem seus pais. Mas não era possível.
DESCULPEM ! Minha ausência, mas minha avózinha está doente e eu estava mal esses tempos por isso, mas sempre vou dar um jeitinho de compensar vocês pelas faltas dos contos, juro. Mas espero que entendam que as vezes é muita coisa para mim e com isso eu fico triste, depre e etc... E evito de fazer contos quando estou assim por que sai uma " caca" e dai eu tenho que escrever tudo de novo . Mas para quem quiser se distrair quando estou assim , eu tambem tenho um blog de livros históricos ROmances Sobrenaturais Lovers. Tem vários livros para download lá. Bjus. Ah. Sem neura. Eu vou continuar a escrever os capítulos na madruga rsrs
adorei essa historia, muito legal
ResponderExcluirObrigada ^^
Excluirpoderia enviar pra mim por favorrrrrrrrrrrr
ResponderExcluirmaria_jaquegus@hotmail.com
obg bjsssssssssssss
eu ainda não terminei o livro inteiro ^^
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