17 Capítulo:

Daia mal podia acreditar
que havia passado horas, HORAS naquele maldito consultório escuro do inferno só
para Lucas dizer que não havia nada de incomum em seu corpo, ou seja, ela era
aparentemente humana.
— Mais que porra Lucas! Tudo isso para me dizer algo que eu já
sei?! — Daia bufou frustrada e já estava se levantando de sua mesa, quando
Lucas e sua paciência santa se levantou e falou calmamente.
— Você não teve nenhum motivo para seu DNA mudar. Não sofreu
traumas, não correu riscos e nem precisou se defender. Uma casta de sangue,
pelo menos a nova versão dessa raça só muda o que é ,quando seu instinto de
sobrevivência é ativado. Como no caso de sua prima. — Lucas a encarou de cima a
baixo e um sorriso ameaçava sair do seu rosto.
— O máximo de risco que você correu foi dar uma faxina naquele seu
apartamentinho.
E pronto. Lá estava Lucas pronto para estragar
o resto da noite.
— aff . Tenho que dar uma volta, minha prima quer sair hoje.
Lucas meneou com a cabeça e começou a falar.
— Teve reunião hoje, a imprensa queria fazer umas perguntas a
Lucius.
Ela se sentiu meio ultrajada de não ter sido avisada. Ela podia
ter ajudado sua prima a escapar de uns abutres...mas se ela pensasse bem, era
mais capaz dela dar umas porradas em alguns e causar um alvoroço. No final
havia sido melhor assim. Daia mexeu sua mão impacientemente.
— E já terminou isso?
— Provavelmente. Não participamos por que Lucius achou melhor não
dar nas vistas que havia mais um parente de Mila aqui.
— E por causa de um Dragão metido e arrogante.
Com isso Daia saiu e desceu as escadas indo para o salão principal,
onde agora os homens de Lucius e empregados contratados estavam arrumando
depois de receber tantas visitas. Com o assunto resolvido Daia subiu novamente
e foi direto para o quarto de sua prima vestindo as roupas que ela havia
encontrado socado em sua mala. Quando entrou Mila estava trocando de roupa e
Lucius provavelmente estava no banho.
— Vamos sair ou vai fazer outra coisa?
Mila olhou para ela com um olhar meio bêbado e respondeu.
— Vamos sair sua linda.
Daia encontrou a garrafa na beira da cama pela metade e tomou o
resto de uma só vez. Ela não teria coragem de dizer que estava normal, uma vez
que ela tinha esperanças de seu DNA se modificar e ela ficar um pouco mais
“legal”.
— Por que não está tomando banho com Lucius? — Daia perguntou com
um sorriso malicioso. Ela queria perguntar se eles... bem. Tinha que ter uma
diferença de humanos comuns, certo? Fora que isso também era um interesse
pessoal. Ela havia visto Lucas do jeito que havia vindo ao mundo, mas somente
isso.
Mila sorriu e se sentou na cama para colocar suas botas longas e
pretas sobre sua calça jeans escura.
— Por que se eu entrar naquele banheiro com Lucius, é provável que
eu não queira sair de lá tão cedo e estou meio bêbada. Ele teria que ficar me
olhando para não escorregar. — E finalizou com uma gargalhada.
Mila encarou o banheiro e deu um último sorriso e fez a imaginação
de Daia correr, mas não do modo pervertido.
— Ele ouve? — Daia perguntou e Mila afirmou com a cabeça. — E você
o ouve? — Mila afirmou novamente e riu.
— Podia ter me avisado antes que eu tivesse feito as perguntas
intimas! — Disse dando um tapinha em Mila.
— Lucius é sincero até demais as vezes. Se você perguntar na
frente dele, ele fara questão de responder de um jeito meio descarado e obvio.
Sexy.
— Ainda bem que não perguntei do tamanho.
As duas gargalharam e Daia não pode conter em tocar num certo
assunto.
— O do Lucas é bem gr... — Mas antes que ela terminasse Lucas
entrou no quarto com uma roupa diferente e o assunto morreu ali. Ele não estava
de jaleco branco como antes e nem roupas próprias de médico. Ele estava de
calça jeans rasgadas, camisa branca e uma jaqueta que dizia “Sou gostoso” e
estava mesmo sem dúvida. Uma pena estar de óculos escuros....
Daia encarou Mila e ela mal podia conter o riso e Daia a encarou.
— Oi querido. — Disse ela à Lucas e ele todo gentil respondeu.
— Olá, parecem estar se divertindo.
Ela não podia ver seu rosto, mais sabia que estava vermelho como
um tomate.
— Bem... Depois de tudo que aconteceu lá embaixo hoje, esse é um
luxo que não vou abrir mão hoje.
Lucas se aproximou dela e acariciou sua cabeça com suas mãos
grandes como se ela se dissesse que ela havia sido uma boa menina.
— Eu ouvi tudo. Sinto muito.
E Daia o encarou surpresa com aquele “ouvi tudo”. Pelo que
parecia... Todas as criaturas sobrenaturais tinham uma audição fora de série.
Ela queria enfiar sua cabeça na areia, pois sem dúvida Lucas podia muito bem
ter escutado a conversa sobre suas partes grandes já que ele havia escutado
tudo que havia passado com a imprensa.
Não demorou muito para
Lucius sair do banheiro todo vestido e arrumado como se estivesse pronto para
fazer negócios. E sim. Ele é incrivelmente bonito, mas nada que me fizesse
perder a cabeça. Agora Lucas.... As vezes tinha vontade de mata-lo, mas acho
que isso contava como sentimento de perder a cabeça por um homem.
— Aonde vamos? — Perguntou Lucas. E Lucius foi quem respondeu.
— Tem um parque de diversões não muito longe. Eles ficam abertos
até as quatro da manhã. Por que os empregados são vampiros.
— Vampiros? — Daia perguntou.
— Vampiros também trabalham, mas como só podem a noite... — Lucas
respondeu.
— É por isso que estou indo. Qualquer problema, sou uma bela
distração.
Daia sorriu imaginando Lucas pelado novamente.
Seria uma bela distração sem dúvida.
E sem mais delongas, eles desceram e entraram no carro de Lucius.
A viagem foi curta e Mila agradeceu por isso. Sua cabeça doía levemente e
queria aproveitar o resto da noite e se dar ao luxo de se sentir normal e feliz,
sem toda aquela caçada para pegá-la e tentar matá-la em nome de Deus.
A primeira coisa que se
destacava era a roda gigante e a montanha russa, seus olhos brilhavam
imaginando a sensação de estar em alta velocidade e se esquecer do mundo a
fora. Mila se virou para seus garotos como se fosse natal.
— Podemos ir na montanha russa, por favor? — Ela pediu com
educação e eles riram.
— Como quiser. — Lucius respondeu e de acordo que se encaminhavam
para a montanha russa vários vampiros apareciam, homens, mulheres e crianças
vampiros. Tinha alguns lobos também, Mila podia reconhece-los pois quando
Lucius passava eles inclinavam levemente a cabeça e a abaixavam em modo de
respeito.
Quando estavam chegando
em frente, um rapaz em tom afeminado falava com um amigo em sussurros.
— Nossa, onde encontro um desses? — Disse se referindo aos rapazes
e Mila olhou rapidamente.
— Menina, olha o olho daquele ali. — Indicando Lucius com o olhar.
Mila riu e Lucius fingindo não ouvir nada continuou seguindo em frente
lentamente por causa do passo lento de sua companheira. Sem pensar muito, Mila
deu lhe um tapa certeiro no traseiro e disse um sonoro.
— ô lá em casa. — E riu. Não por que parecia engraçado, mas pela
cara de surpreso de Lucius, ele realmente parecia que não sabia como agir
naquela situação.
Para tentar entrar na
brincadeira, Daia também quis participar.
— Eu gostei do alto loiro, qual o seu poder? Deve ser tipo o cara
do x-men de óculos escuros e tal.
Lucas sorriu educadamente
da piadinha.
— Aposto que você quer descobrir.
Mila gargalhava por dentro
enquanto sua prima ficava vermelha, Ela podia ouvir o coração de sua prima
batendo mais rápido com o comentário e ela se perguntou se podia dar uma força
para aqueles dois. Pensando num plano malévolo do amor, Mila passou sua mão no
braço de Lucius subindo delicadamente e disse em tom de flerte.
— Eu quero com certeza. Pode me mostrar seu poder?
Os olhos de Lucius
brilharam em resposta.
— Não tem medo do lobo mal. — Disse aproximando seu rosto do dela
e Mila pode sentir sua respiração quente em seu rosto.
— Você me parece um lobo bom...muito bom na verdade. — Mila
engoliu em seco e se auto lembrou que ficava excitada muito rápido na presença
dele.
Lucas tossiu levemente para nos lembrar que ainda estavam ali,
então Mila agarrou o braço de Lucius e disse a sua prima.
— Vai, engancha ai no boy magia se não vão levar de você.
Daia foi meio sem jeito, mas Lucas não recusou a oferta. Antes de
segurem seu caminho ela ouviu novamente o rapaz.
— Garota sortuda e corajosa, adoreeiii!!!!!!!
Quando entraram e se
acomodaram em seus lugares Mila começou a gargalhar.
— Você é doida ! — Disse sua prima. — Nossa senhora.
Mila a olhou rapidamente.
— Vocês gostaram admitam.
Lucius agarrou a mão de Mila e deu um beijo rapidamente antes do
brinquedo começar a andar e eles começarem a gritar.
A noite passou rapidamente
e em todo momento eles riram e Mila tentava fazer com que sua prima conversasse
mais com Lucas. O único momento em que Mila não sorriu foi quando lembrou que
estava faminta. Tipo, quase morrendo de fome.
Ela não precisou avisar
Lucius, o ronco estressado de seu estomago o fez.
— Talvez eu te de um porco
para isso passar. — Disse beliscando seu estomago e Mila gritou.
— Bacon!!!!
E foram comer alguma coisa.
Na lanchonete os vampiros trabalhavam rapidamente e sem reclamar,
embora dificilmente haveria uma maquina mais rápida que os vampiros. Mila olhou
cada movimento deles e prestou atenção em cada gesto, até parecer que no lugar
de super velocidade, eles estivessem em câmera lenta.
— Bem melhor agora. — disse para si mesma. E sentiu se segura
quando Lucius a abraçou e sussurrou em seu ouvido.
— Você aprende rápido.
Ela podia se sentir
feliz, mas sua prima parecia um pouco desapontada. Talvez o resultado do exame
não fosse o que ela esperava. Infelizmente, Mila sabia que se fosse acontecer,
ia ser quando você menos espera. Nem mesmo ela entendia. As vezes você está lá
com seu namorado lobo dando uns amassos quando chega uma lobisomem nervosa e te
chama para a briga. Pensou ela. Ai você vira um negocio que nunca tinha sido
antes e não sabe por que isso aconteceu. Ela não queria pensar muito realmente,
mas pensava que seria melhor para sua prima se ela não fosse como ela. Vai que alguém
quer libertá-la do mal que NÂO existe dentro dela.
Tudo parecia tão calmo
e tranquilo até passar um zumbido forte raspando em seu ouvido e Lucas cair
para trás junto com um dos vampiros.
— Nada de direito humanos para vocês, aberrações ! — Um
adolescente gritou. E depois outro se juntou a ele, e depois outro, outro.
Maioria homens e com toda a certeza, homens bravos por que perderam suas
mulheres para algumas daquelas criaturas.
Falando abertamente. Quem não escolheria eles?
— Lucas se levantou rapidamente e Mila o encarou vendo seus óculos
lutando bravamente para esconder todo o brilho de raiva de seus olhos.
— Você está bem Lucas? — Perguntou ela se encaminhando para ele e
para tentar ajudar o vampiro que tinha entregado sua comida.
— Espero que vocês se curem rápido como nos filmes.
Mas o vampiro parecia mais louco da vida do que Lucas.
Lucius se levantou e pegou Mila pelo braço.
— Melhor irmos antes que tenha algum... acidente. — Ele olhou para
o vampiro e ouve alguma troca de informações só com os olhos e quando Lucius a
encarou ela sacou. Eles queriam que eles revidassem. Eles queriam uma luta.
Eles estavam indo embora quando outro zumbido passou perto de Mila
e acertou sua nuca em cheio. Uma pedra do tamanho de um punho.
— Vocês vadias nos trocam por essas aberrações!
Sem eles nem piscar, nem pensar. Mila já estava segurando o garoto
de ponta cabeça e olhando acusadoramente aos outros.
— Sim. Trocamos. Quem quer um merdinha que joga pedras nos outros.
Com certeza trocaria de novo sem piscar.
Lucius e Lucas tentaram acalmar Mila mas ela queria dar uma surra
no sujeito.
— Bate nele logo! — Sua prima gritou. — Eu ajudo.
— Suas vadias. — Ele reclamou.
E então Mila soltou o rapaz com tudo no chão. Não porque ela
simplesmente ia embora. Não por que era covarde. Era por que Lucius parecia com
raiva, muita raiva. Raiva o bastante para seus olhos mudarem da cor brilhante
usual para uma cor vermelho sangue florescente e se encaminhar em sua direção
calmamente sem pressa alguma. Ela não tinha medo dele, mas seu corpo não estava
obedecendo seus pensamentos. Cada grama do corpo dela estava em alerta, mas não
por que se sentia em risco, mas por que TODOS estavam em risco.
Os rebeldes encararam ele
sem se mover, sem fazer um ruído se quer. Ela podia sentir seus corpos
tremendo. Sentir seus corações quase pulando para fora do corpo.
Lucius encarou cada um
deles.
— Você machucou minha humana por algum motivo banal? — Disse ele,
mas não parecia que ele queria uma resposta. A boca do rapaz abriu, mas não
emitiu nenhum som.
Os olhos de Mila
arregalaram ligeiramente em alerta.
— Estou bem. — Disse rapidamente. — Vamos apenas ir.
— Ir? — Repetiu ele. — Desde quando alguém ataca o outro sem
motivos e a pessoa apenas tem que ir?
Vampiros se aproximavam
para ver a cena. Vários deles e outras criaturas que tinham cheiros diferentes
e Mila não conseguia saber o que eram.
— Devia ter uma nova lei. Que tal? — Disse ele. Se alguém machuca
os nossos sem motivos. Devemos revidar não é mesmo?! Como se fossemos crianças
na pré-escola. Se meu coleguinha bate, batemos de volta?
Os humanos não gostaram
dessa ideia, mas as criaturas sobrenaturais... amar era pouco para explicar a
reação deles.
— Me desculpe. — Disse por fim o rapaz . — Eu não pensei... —
Disse se retirando e Lucius se enfiou no meio dos humanos e ergueu Mila sobre
seus ombros.
— Podem dizer aos outros dos seus se quiserem, vamos adorar ter um
motivo para varrer a terra.
E com isso a noite feliz
tinha acabado e Mila tinha que arranjar um jeito de acalmar o lobo mal, que
realmente estava mal esta noite.


Kkk adorei,passei o capitulo todo rindo rsrs
ResponderExcluirMuito legal top cada vez que leio um novo capitulo me surpreendo queria ter vivido nessa epoca e excitante
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