Blade Wolfpire - 2 Capitulo

           


- Katheryne!!!!! Suzanna gritava por todo colégio. Era difícil de aguentar a garota, sempre fui a escolhida para cuidar da decoração dos dias das bruxas e sempre tive um resultado magnifico. Porém esse ano a escolhida foi, nada mais, nada menos, que a FILHA do diretor. - Nossa! Você acha que AQUILO esta de acordo com que eu te ordenei? Ela gritou apontando para os pilares que sustentavam o salão principal. Ela queria que os pilares fossem enfeitados com enormes fitas cor de rosa manchadas de sangue falso com "S " estampado envolta deles. Ela tinha que perceber que era um baile de dia das bruxas e não uma festa de debutante macabra.

Revirei os olhos e olhei para ela como se estivesse louca. - O que você ordenou não combina com as cores dominantes da escola. Falei sabendo que as cores dominantes são : preto e vermelho que inclusive fazem parte do uniforme do time de futebol da escola e também as cores branco e amarelo.

Tinha desobedecido ela. Coloquei tecidos vermelhos no topo dos pilares e prendi a parte do meio com enfeites em forma de morcegos de plástico. Os tecidos pareciam cortinas . Minha idéia era fazer um baile de mascáras gótico. Afinal, Suzanna tinha proibido a casa fantasma, a noite do terror e a melhor das melhores partes, caças aos doces. Ela foi a única pessoa da minha vida inteira que odiei em menos de três dias.

Ela bufou e pude jurar que vi uma fumacinha saindo do ouvido dela. Garota do capeta essa. Pensei rindo da cara dela. - Vou falar com meu pai. E saiu andando, mas não antes de um olhar maléfico para mim e bufar de novo.

Que se foda! Esse era meu ultimo ano e ninguém ia estragar a minha felicidade.

Fiquei sozinha por horas até perceber que estava anoitecendo. Não que alguém se preocupasse, meu pai pediu o divórcio e minha mãe por algum motivo me culpa, talvez seja por que fiquei doente esses tempos e ela tinha usado o dinheiro do remédio em perfumes. Meu pai ficou doido. Talvez ele estivesse cansado dela ser egoista, mesmo assim... ele me prometeu que quando a chácara estivesse pronta por causa de reforma, me levaria com ele. Minha mãe arranjou... algo para se distrair. Ou ficante.

Ela queria me juntar com o filho do cara, mais ela tinha que entender que tenho namorado. Mesmo sendo uma porcaria . Faz um tempo que ele nem mesmo chega perto ou me beija, como se eu tivesse um tipo de peste bubonica ou coisa do tipo.

Depois de terminar a faixa de boas-vindas escritas com letras que pareciam derramar sangue ( que levou horas e tinha certeza que me daria dor nas costas amanhã) olhei para mim vendo meu corpo manchado por tinta vermelha, parecendo uma colegial acidentada. Fui embora não querendo tomar banho na escola, pois Suzanna poderia tirar fotos minha nua e espalhar pela escola, eu não quis arriscar.

A rua estava vazia e por todo o trajeto de volta a minha casa tive quase certeza de estar sendo seguida por um homem vestido de negro, mas talvez fosse por que meu dia não tinha sido lá essas coisas.

Cheguei e entrei direto para tomar banho e não estranhei de não encontrar ninguém em casa, minha mãe certamente estava com seu namorado novo.

Senti o jato quente da água cair sobre mim enquanto a tinta vermelha escorria diretamente para o ralo e agradeci a deus por ter meu próprio banheiro. Se tivesse somente um, ficaria de castigo por mancha -lo de tinta. Ao sair do banho e colocar a calcinha, abri a porta e dei de cara com edward. O filho do songo mongo de Jerry, sua figura alta esqueletica com aquele sorriso sem graça no rosto e o cabelo descolorido desgrenhado. Edward olhava descaradamente para os meu peitos e joguei minha bailarina de gesso nele, acertando sua cabeça. Ele não saiu. Então peguei meu abajur.... ( minha idéia não era jogar o abajur. Mas já que ele não quis saír... tá, joguei nele) atirei com toda minha força e por sorte acertou a parede, passando raspando pela sua orelha. Ed colocou as mãos na cabeça e saiu gritando igual a uma moça, e uma moça muito escandalosa.


O grito ecoou pela casa e ouvi minha mãe gritar - Que diabos é isso!!!!


E na mesma hora eu sabia... que hoje é meu dia de sorte.



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Carlos....


Estava no cemitério novamente. A noite. Cercado por gente morta, mas infelizmente isso não os deixava impossibilitados de andar por ai. Jason estava menos mortal do que algumas semanas atrás, mas isso não significava que minha cabeça estaria a salvo de ser separada do meu corpo.


- Eu a ví hoje a tarde.... ele estava dizendo sobre Katheryne. - Ela cuida da decoração do baile de Halloween. Falei e seus olhos brilharam com interesse. Ele andou em circulos com o rosto sério e o cenho franzido, sua boca era uma linha reta e seus pensamentos profundos.


Sabia que ele arranjaria um jeito de Katheryne ficar com ele e com minha ajuda seria recompensado com a imortalidade.

- Acho que esta na hora de retomar meus estudos.... meus olhos quase saltaram das orbitas e meu coração um infarte. Nas lendas, vampiros não saíam a luz do sol.

- Pensei que vampiros não saíam ao dia.

Ele gargalhou - Não podem. Confusão encheu minha cabeça. Quando ia perguntar qual era o plano então, mas quando abri a boca ele falou primeiro - Mas eu posso.


E amaldiçoei por que nem na luz do dia poderia estar mais a salvo.










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