Blade Wolfpire - 10 Capitulo

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                                      10 Capítulo :

Eye Collector tocava ao fundo e as luzes piscavam e se moviam de acordo com as batidas das musicas, deixando tudo o mais dramático o possível. A trilha sonora da minha vida.

     Minhas amigas gritaram sobre a música o mais alto o possível para que eu pudesse ouvi-lás. Mesmo que não tivesse, eu poderia ler seus lábios e expressões. Seus rostos podiam ser definidos como pura preocupação.
Eu queria contar o que havia acontecido com o Ed, mas ainda parecia surreal para mim e não sabia o que fazer em relação aos acontecimentos. O que você diria para suas amigas? Ah sim. Ed me sequestrou e tentou me estuprar. Alguma coisa arrancou a porta do carro e o arrastou para longe, o deixei para morrer. Mas me diga... sabia que Jason tem um castelo?
Não.

      Por mais que seja verdade... mesmo dizendo isso em minha mente, não parecia real. Parecia insano.

    Então as puxei por seus braços e fomos ao banheiro feminino do refeitório. Lá estaria fechado para evitar vandalismo e tínhamos a chave. Quando a luz bateu sobre eles, sem todo aquele brilho e efeitos especiais que fizemos, pude ver seus trajes com mais detalhes. Meg estava vestida de bibliotecária sexy , embora estivesse vestida só para esse dia especial, seu terno e sua saia pareciam caros. Darla estava vestida de colegial. Embora pensei que ela fosse estar vulgar ou algo parecido, ela parecia comportada e sua saia estava longe de ser curta. E eu, uma pirata rebelde.

    Quando seus olhares pousaram sobre mim elas gritaram como doidas e me elogiaram. Agradeci com meu rosto em chamas de vergonha e em seguida elas me encararam para um questionário.

Desembucha. Quase tivemos um avc aqui quando ouvimos você gritando no telefone : “ Ah ED você vai me matar!”

Darla mudou sua feição com raiva e olhou ao longe.

Vou matar esse magrelo. Sério, se ele fez alguma coisa com você...

     Eu as encarei tentando controlar meus sentimentos. Por mais que eu estivesse em paz agora, sem ninguém por perto para me machucar, ainda me sentia ameaçada.

Ele roubou minhas roupas intimas e fez minha mãe me obrigar a ter um encontro com ele, só não imaginei que ele ia tentar me agarrar a força.

Elas arregalaram os olhos e fecharam seus punhos prontas para socar Edward assim que o vissem... Se chegassem a ve-lo novamente.

Onde está esse valentão, vou mostrar para ele do que somos capaz!

   Eu estava prestes a dizer que Jason havia me encontrado e dado uma força, quando ouvimos uma voz sedente ... por alguma coisa.

Gostaria muito de ver isso. Disse o homem emerso nas sombras.

    Seus olhos brilhavam entre a escuridão e podia sentir seus olhos sobre mim.

Eu vou ter que esperar...hoje quero algo diferente.

      Minhas amigas o encararam horrorizadas , mas ele não pareceu se abalar nenhum pouco. Ele parecia confiante em sua caçada. Minhas mãos foram para minha bota onde estava a faca de caça do meu pai. Não importava o que viesse a acontecer, eu não ia me amedrontar, eu não ia deixar ninguém me machucar, nem mesmo a minhas amigas. Eu não sabia ao certo o que estava sentindo por dentro. Uma certa urgência, talvez desespero para sobreviver. Tudo que eu sabia era que eu não podia perder, eu não podia deixar ninguém me tocar. Vida ou morte.

   Ele se encaminhou ao nosso encontro tão rapidamente e levemente, sem nenhum som, que parecia que ele havia se deslocado de lugar como algo fantasioso . Ou um demônio.  

   Ele colocou sua mão levemente no pescoço de Meg e a encarou, olhando dentro de seus olhos, pegando qualquer coisa que ela pudesse esconder dentro de sua alma e alguma coisa aconteceu. Eu não sabia o que, mas tinha.

Vá dar uma voltinha, dance bastante e vá para casa quando terminar. Se tiver sorte... talvez nunca mais me veja.

    Seu cabelo era tão negro quanto o de Jason, mas seus olhos tinham um brilho esverdeado muito intenso e sobrenatural, mas não me deixava sem reação como Jason fazia quando olhava para mim.  Eu nem sequer sabia o por que de estar pensando nele numa hora dessas....
Darla me olhou horrorizada quando viu Meg partir de lá nos deixando sozinhas sem mesmo olhar para trás e isso nos tirou o ar.

    Algo no meu cérebro estralou. Ele não podia ser humano! Humanos não são assim... quer dizer. Violento, amedrontador. Ok . são sim, mas olhos brilhantes, atitude estranha, hipnose só com o olhar. Não. E tinha algo mais. Algo me dizia que podia ser ele, ser ele que havia feito um trato com Carlos!
Oh meu deus! Com tudo que havia acontecido no meu dia, eu havia esquecido da conversa que havia ouvido de Carlos e toda aquela loucura! Só Deus sabe o quanto eu queria me socar naquela hora. Eu sabia da armadilha e mesmo assim havia vindo! PQP!

Apertei o cabo da faca e levei a mão em minhas costas. Se ele queria briga. Ok. Ele ia ter e com muito gosto. Ele podia ser qualquer coisa, mas ele não parecia armado até onde havia conseguido perceber. Por que para mim, havia chance de escapar de qualquer coisa, menos de uma arma de fogo e um tiro  a queima roupa. O que duvido que ele precisaria de algo assim para machucar alguém....

Imagino o que quer, mas lamento. Não vai ter. Disse irritada com meu dia de merda e ele riu.

Seu sorriso era arrogante e ele parecia se divertir com minha força de vontade.

Posso faze-la mudar de ideia... Disse ele encarando Darla que tentou afastar o olhar, mas inutilmente, pois o maluco era rápido. Não havia dado tempo nem de piscar e já estava colado em minha amiga a hipnotizando com alguma coisa demoníaca que na cabeça deles era atraente. Qualquer pessoa podia sentir a tensão sexual que ele emanava, como se ele estivesse tentando envolver a pessoa em sua teia para que caísse em sua ilusão de mentira. Talvez eu não caísse uma vez que havia percebido, mas Darla, ela caiu.

Vá com sua amiguinha se juntar a festa, vou cuidar muito bem da sua amiguinha pirata aqui.

E mesmo sabendo que ela iria... vendo-a ir embora fez meu coração se apertar, mas era melhor assim. Se elas estivessem longe do perigo seria mais fácil para mim tentar o possível para me livrar dele, mesmo querendo que alguém fizesse isso por mim.

Pode vir cara.

Meu corpo dizia, mas meu coração estava quase saindo do peito.

Enfim sós. Disse ele me lembrando de algo desagradável.

Segurei a faca de caça do meu pai, pronta para qualquer coisa, quando ele se aproximou e me fez encarar aqueles olhos esverdeados. Ele segurou meu queixo e sua mão estava fria. Podia sentir o ar frio e o cheiro fético de sua boca.

Erga seu pescoço para mim.

Meus olhos se ergueram levemente fingindo entrar no jogo, mesmo estando morrendo de vontade de rir na hora.

Corpo frio. Bafo e o cara ainda queria dar uma de gostosão. Ok

Aquela onda de sedução estava emanando dele, mas meu corpo estava se recusando a aceitar e eu estava aceitando perfeitamente o fato de não estar querendo fazer o que ele queria.
    
    Ele começou a aproximar seu rosto do meu e pude sentir uma segunda presença naquele lugar. Uma presença ameaçadora e sem duvida nenhuma, perigosa do tipo que você não consegue escapar. A tensão era tanta que você podia cortar o ódio daquela pessoa com minha faca no ar.
    Para tentar sobreviver o máximo que podia, eu puxei meu punho com tudo e acabei cortando um pedaço do pescoço do homem metido a sedutor.

 Seu pescoço sangrou um pouco, mas o corte havia pego de raspão. Mesmo parecendo superficial, sua pele estava soltando uma fumaça de leve e um som e cheiro de carne queimada encheu o ar.

Prata e cinzas! Ele gritou alto e até chegou a repetir de novo, de novo. Como se precisasse avisar alguém de que ele havia sido ferido.

Eu olhei chocada para ele e as palavras começaram a sair da minha boca sem ter controle sobre ela.

Acho que não funciona esse negocio estranho comigo. Disse á ele em estado de choque. Eu não sabia o que estava acontecendo ao meu redor !.  Acho que não funciona por que não fui com a sua cara. Esse negócio de hipnose.

   Seus olhos brilharam intensamente e ele se levantou para se jogar sobre mim e corri, mal percebendo que Jason estava parado em minha frente. Chocado, com olhos vermelhos como lava em chamas, a boca aberta e aquela presença que eu havia sentido antes de ódio. Aquela presença que eu não podia escapar e que me tirava o ar. Era dele . De Jason.

    Não precisava ser muito inteligente para saber que os dois eram farinha do mesmo saco. E isso era assustador, realmente.

Minha. Disse ele serio e com a voz rouca e cheia de possessão. Aquilo me fez se sentir um animal acuado.

O outro cara o encarou e deu de ombros.

Você nunca seguiu as regras da nossa raça. Disse ele. Por quê pensa que eu respeitaria sua decisão de segui-la agora?. Perguntou zombeteiramente.

     Jason não pareceu nem um pouco satisfeito com a resposta. Seus ombros ficaram tensos e sua voz ficou mais profunda. ... Não era possível. Sua voz era exatamente igual ao do homem que estava fazendo planos com o Carlos.

      Encarei os dois perplexa e cheia de raiva. De repente eu queria chutar muito a bunda dos dois, mesmo achando que para o meu tamanho e grau de força, isso seria impossível.

Não falem como se eu não fosse dona do meu próprio nariz. Rebati a eles tão orgulhosa quanto os dois juntos.

O vampiro sorriu e Jason me soltou um olhar que pedia silencio, mas ele era a ultima pessoa que podia me pedir isso.

   Eu simplesmente segui em direção a saída sentindo que nada poderia tentar me parar.
Tentaram.

   O homem misterioso tentou me agarrar enquanto eu passava pela porta, seus movimentos foram rápidos e quase invisíveis a olhos humanos. Se Jason não o houvesse detido, ele teria conseguido fazer o que ele quisesse. Jason o agarrou pelo pescoço e enfiou a outra mão dentro de seu peito. Dava para ouvir a mão dele remexendo lá dentro e logo, sons de pêssegos maduros caindo no chão dava para ser ouvidos. Só que não eram pêssegos, nem algo parecido. Eram órgão da criatura que Jason segurava. Um rio carmesim escorria pela mão de Jason e ensopava sua roupa cara. Quando ele finalmente ergueu a mão, tive um deslumbre de alguma coisa batendo em ritmo constante durante alguns segundos e depois parou. Quando o fez, o corpo do homem começou a se dissolver enquanto cada parte de seu corpo se tornava pó.
  
   Quando acabou, Jason me encarou surpreso. Talvez matar aquilo, tivesse feito com que ele me esquecesse momentaneamente. Pelo menos era isso que mostrava seu rosto.

    Meu corpo não se mexia. Eu tremia involuntariamente e sentia um frio sobrenatural por todo o corpo. Por mais que tivesse vontade de sair dali, meu corpo queria desesperadamente um lugar seguro e quente. Tudo parecia frio, tão frio. Como se eu estivesse presa e nua dentro de uma geleira.

   Seus lábios abriram para dizer alguma coisa. Alguma explicação.

Tudo bem querida. Disse ele se aproximando lentamente. E meu corpo reagiu.

Fique longe. Respondi. Mas Jason ainda tentava se aproximar fazendo gestos com as mãos que estava tudo bem, como se eu fosse uma criança. Mas não era.

      E ele não parecia se dar conta de que estava coberto de sangue.

Fique longe. Repeti, mas se fingiu de surdo. Quando ele estava a poucos passos de mim, corri para longe, mesmo sabendo que se ele fosse como o outro...eu não poderia escapar. Se ele quisesse.. ou se já não havia feito. Poderia ter hipnotizado a escola toda para que se curvassem ao seus pés.

   Quando dobrei o corredor Jason já estava a minha frente. Olhei para os lados e estava cercada numa encruzilhada dentro da minha própria escola. Jason em minha frente, um grupo de punks nos outros três corredores que davam para lados diferentes da escola.
Sem saída.

 Olhei para os lados agarrando minha faca e a mantendo próxima ao eu corpo. Ela não podia ser de grande ajuda em questão de números, mas pelo menos eu sabia que eles tinham uma certa aversão ao seu material.
   
Encarei Jason ainda com medo de toda aquelas pessoas a minha volta e ele me estendeu a mão. Oferecendo-a como uma espécie de refugio e aceitei, sabendo que não tinha pessoas ali que eu pudesse confiar mais do que ele.
E corri para seus braços. Assim que meus braços rodearam sua cintura, ele me cercou com seus braços e uma névoa negra começou a sair do seu corpo no mesmo momento em que suas asas de morcego brotaram de suas costas.    Os homens gritaram um grito de guerra e correram em nossa direção, então Jason os encarou e simplesmente sorriu confiante.

  Olha só Katheryne querida. Disse calmo. Eles acham que sou dá ralé como eles.

  Quando suas palavras terminaram, os corpos dos homens foram cercados com a mesma nevoa e eles começaram a gritar alto enquanto seus corpos pareciam se contorcer entre chamas.

  Encarei Jason sem saber o que fazer e ele piscou para mim.

Eu disse antes que era vampiro. Você parecia ter aceito tranquilamente.

Pisquei uma, duas vezes antes de responder.

Achei que era brincadeira de dias das bruxas.



       
                        

3 comentários

  1. kkkkkkkk, Adorei!!
    Finalmente de volta!! ;)

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  2. Ameiii... linda estou esperando vc voltar a postar os capítulos da ceifadora. Estou com saudades do meu lindo e amado Sebastian. Por favor,não demore a postar.....

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    1. que bom que gostou , vou fazer o possivel em relação a Sebastian.

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