Blade Wolfpire - 3 Capitulo




No dia seguinte fui direto ao salão principal e achei que tinha ficado louca ou com problema na visão. Todos os pilares do salão estavam com fitas rosa e sangue falso com as letras S "" gravado nelas. E podia jurar que teria um derrame por isso. Até a faixa de boas vindas tinha sido arrancada, a faixa que EU fiquei horas fazendo e ainda estava com as dores nas costas para provar.

Suzanna estava logo a frente com um sorriso no rosto se transformando em medo, a sua panelinha havia a cercado., Com a raiva que estava não me surpreendi de pensarem que iria esbofeteá -la lá mesmo. Suzanna não valia uma expulsão.

- O que você pensa que fez? cuspi as palavras. Ela deu de ombros se sentindo forte cercada por sua panela, enquanto a mim estava só, por que minhas amigas estavam trancadas na biblioteca fazendo um trabalho em grupo do qual não fiz, mais ainda ia levar crédito. por que elas sabiam que eu cuidava da decoração do baile.

Ela me olhou de cima a baixo como se tivesse algo errado em mim ou talvez o errado só fosse eu mesma.

- Concertei o que você tinha errado.

Minha visão nublou e pude sentir minha mão formigar de vontade de distribuir uns tapas . Mas novamente, não fiz. Dei meia volta furiosa e saí, mas antes disse :

- Ótimo! Arranje outra escrava para você, estou fora. Sorri um sorriso mais falso que pude e andei em linha reta para a saída.

Não ia ter baile. Mas minha cabeça não me deixou na mão e sabia que nenhum dos meus amigos o faria, era hora de festa. Uma festa que teria tudo que a vadia não queria, teria doces, fantasias e sustos, muitos sustos. Especialmente para Suzanna.

Ao virar o corredor indo para a esquerda que era o caminho da biblioteca, me choquei com músculos  Digo isso por que meu corpo bateu num cara maravilhoso, lindo e forte e tive vontade de terminar por mensagem de texto com Carlos agora, para que estivesse livre, leve e solta para o lindão. Seu cabelos castanhos escuros, tão escuros que podiam ser negros na sombra igual ao seus olhos, pele branca e sua camisa branca que com o sol iluminando seu corpo podia ver seus contornos. Sua calça negra parecida que tinha sido feita a medida. Ele parecia pertencer a classe A e pensei o que um cara desse faria em uma escola publica .

- Me desculpe. falei envergonhada percebendo que tinha olhado ele demais para ser discreta. Ele parecia familiar.


Ele sorriu e pegou minha mão esquerda e a beijou.

- Estou bem. Tu és delicada demais para me causar danos minha dama.

Suas palavras fizeram meu corpo arrepiar e desconfiei que aquelas palavras eram apenas para seduzir moças ou ele era apenas de uma família tradicional demais.

- Huh... Obrigada... eu acho.

Sua expressão ficou meio melancólica, embora podia ver um sorriso tentando escapar de seus lábios

. Isso dava um ar de mentiroso.

- Meu nome é Katheryne. Ele puxou minha outra mão de modo que ambas ficaram dentro de suas palmas.

Ele me olhou com um brilho estranho nos olhos e algo dizia que ele tinha algo importante para falar, como se estivesse esperando muito tempo para dizer.

- Meu nome é Jason Blade , seu novo colega de turma... seu escravo.

Por impossível que pudesse parecer, Jason estava em todas as minhas aulas. Me espantei quando ele me mostrou sua tabela de aulas.

- Nossa! falei - Você está nas mesmas aulas que eu! ele sorriu e pegou minha mão e começou a me puxar para a biblioteca. Não tirei a mão por que fazia muito tempo que um cara não era gentil comigo. E aposto que ninguém faria se estivesse no meu lugar, então não me julguem.

- Talvez sejamos almas gêmeas. ele sussurrou quando se aproximou mais.

Não consegui fazer nada além de sorrir timidamente para ele, enquanto seguimos e entramos na biblioteca. A biblioteca estaria vazia se não fosse as presenças de minhas amigas, Megan e Darla. Seus olhos pareciam estrelas quando viram o cara novo e quente segurando minha mão e tinha absoluta certeza que isso me renderia um questionário do por que estávamos grudados, eu não me importava. Estava gostando, como se o conhecesse a anos.

Elas deram sorrisos maliciosos para nós e a palavra sexy foi pronunciada pelos lábios de ambas ,enquanto o "sexy " se encaminhava para uma das cadeiras do lado oposto da mesa delas. Suas mãos puxaram a cadeira e fez um gesto para que me sentasse e quase desmaiei com aquilo. Sempre pensei que homens assim só existissem em filmes.

Ele se sentou a minha frente e me olhou fixamente , me deixando com vergonha. Sempre fiquei assim perto de homens bonitos, mas esse... esse é o único que me deixa analfabeta.

- Me conte sobre o que você faz na escola, assim , quem sabe não começo achar a escola mais... interessante.

- Sou uma espécie de decoradora dos eventos escolares. Sou a que faz as festas ficarem,.... habitáveis  - falei - E sou capitã do time de.... pensei em dizer líder de torcida, mas é xadrez na verdade. ele riu.


- Uma intelectual, huh?! Isso soa... - pensei em ridículo, mas ele disse - Sexy.

Eu ri e sua atenção ficou focada no meu rosto.

- Você faria qualquer um querer matar alguém para ver esse sorriso. suas palavras pareciam sinceras, mas nunca cogitei a minima ideia de alguém dizer esse tipo de coisa. Não parecia ruim e ao mesmo tempo, não soava como algo bom.

- Não faço muito isso. disse por fim. ele franziu o cenho e ficou sério, preocupado até, ou eu tinha enlouquecido.

- Por que não? ele perguntou, mas não pude responder por que todas as lideres de torcida invadiram a mesa o cercando me deixando afastada dele.

O tinha perdido concerteza. pensei, afinal nenhum homem resiste a mulheres lindas, loiras, sem vontade própria por serem influenciadas por uma boneca demoníaca que ensina garotas a gostarem de rosa, carros caros e homens perfeitos. Não que eu nunca tenha brincado de Barbie, mas depois que você descobre que vídeo games e filmes de terror ,e um bom programa ao ar livre é bem melhor que uma boneca sem graça que não faz nada de bom, você meio que reflete sobre o que é melhor para você. E graças a isso nunca senti aquela vontade de tingir o cabelo e por qualquer coisa que não fosse meu no corpo.

A vida era injusta. O único cara que realmente queria conversar no lugar de dar uns amassos atrás dos livros de química,estava ali e disponível e um bando de loiras carniceiras o tiram de mim.

Eu ia pegar sua mão e tirá -lo dali, mas fui impedida por pares de mãos das minhas amigas.

- Depois vocês conversam, algo me diz que isso vai estar vazio rapidinho. Megan falou apontando o dedo discretamente para a Senhora Doneel, a bibliotecária que por sinal queria tirar as garotas de lá com um ponta pés se suas pernas não estivessem tão velhas e gastas por causa da idade. E como se tivesse lido minha mente, ela pegou sua régua de madeira e com uma força sobrenatural ela gritou CALEM A BOCA E SUMAM DAQUI " " que nem mesmo eu conseguiria alcançar os níveis de decibéis que ela tinha acabado de usar.

As Barbies saíram resmungando e com caras de nojo para fora , mas não desapareceram antes de mandar um beijo ou uma piscadela para Jason.

- Vadias. falei para minhas amigas.

Uma mão pousou em meu ombro e olhei para cima para encontrar Jason e sua expressão não identificável.

- Sempre é assim, quero dizer... ataque todos os dias?

- Até outro chegar pelo menos. todos reviraram os olhos e riram.

- Valerá a pena. ele disse, mas não foi dito para ninguém especial. Foi dito para ele mesmo e aquilo ficou gravado na minha memória, mas não sabia ainda seu significado. " valerá a pena " só não sabia para quem valeria a pena.







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